A ensaísta, escritora e crítica cultural argentina Beatriz Sarlo morreu nesta terça-feira (17) aos 82 anos, após sofrer um acidente vascular cerebral.
Sarlo foi uma das intelectuais mais relevantes da América Latina, responsável por uma revolução na crítica literária argentina e por formar gerações de professores, leitores e intelectuais.
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Deu aulas na Universidade de Buenos Aires, onde ministrou cadeiras de literatura até se aposentar em 2003, e instituições internacionais como Columbia, Cambridge, Berkeley e Maryland.
Publicou cerca de 30 livros de ensaios durante sua carreira prolífica, entre eles "Literatura e Sociedade", "Cenas da Vida Pós-Moderna", "Borges, um Escritor nas Margens", "Sete Ensaios sobre Walter Benjamin", "A Batalha das Ideias" e "A Intimidade Pública".
Escreveu para os principais jornais argentinos, como o Clarín e o La Nación, e dirigiu por três décadas a revista Punto de Vista, centro focal dos debates da intelectualidade do país.
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Sarlo esteve diversas vezes no Brasil, país com que tinha forte interlocução. Veio duas vezes para a Flip e foi uma das principais convidadas da festa paratiense em 2015, quando fez a abertura sobre o homenageado, Mário de Andrade, ao lado de Eliane Robert Moraes e Eduardo Jardim, e outra mesa na programação principal com Alexandra Lucas Coelho.