Noah Wyle interpreta o médico Michael Robinavitch, em torno de quem giram as histórias no hospital em Pittsburgh que dá nome à série -  (crédito: MAX/DIVULGAÇÃO)

Noah Wyle interpreta o médico Michael Robinavitch, em torno de quem giram as histórias no hospital em Pittsburgh que dá nome à série

crédito: MAX/DIVULGAÇÃO

 

Trinta anos depois, o novato do Cook County General Hospital, em Chicago, se tornou um veterano, à frente do pronto-socorro do Pittsburgh Trauma Medical Hospital. Não dá para falar sobre "The Pitt", drama médico recém-chegado à Max, sem lembrar da mais célebre produção deste segmento, "E.R." (1994-2009).

 


É Noah Wyle, que se tornou famoso no papel do jovem dr. John Carter, quem está no comando da nova produção. Aqui ele é Michael "Robby" Robinavitch, o chefe de The Pitt, o apelido que o setor de emergência do hospital público ganhou – o nome é tanto um diminutivo quanto um trocadilho com buraco.

 


São 15 episódios, dois deles já disponíveis, que acompanham 15 horas na sala de emergência em Pittsburgh. A trama é desenvolvida em tempo real, algo como um "24 horas" entre suturas, macas e muito sangue.

 


Sucessos

Originalmente, "The Pitt" seria como uma continuação de "E.R.", mas acabou ganhando vida própria. Quem assina a série é John Wells, que produziu não só a série anterior como um tanto de sucessos, "The West Wing" e "Shameless" entre eles.

 


"E.R." era cria da TV aberta, com o padrão de uma história por semana. Como acompanha um turno de uma emergência, "The Pitt" segue uma toada diferente, aprofundando não só os dramas dos médicos como também os dos pacientes.

 


Robby chega às 7h para mais um turno e surpreende seus colegas. Gentil e brincalhão, mesmo trabalhando sobrecarregado em um lugar onde faltam leitos e dinheiro e sobram pacientes, ele não deveria estar ali naquele dia. Isto porque, exatos quatro anos antes, no auge da pandemia, seu antecessor havia morrido – e Robby se culpa pelo ocorrido.

 


O fantasma da COVID assombra o médico, mas esta história será descortinada aos poucos. O que "The Pitt" nos apresenta em sua estreia é o cotidiano de um hospital universitário. Robby faz malabarismos para dar assistência aos pacientes que chegam, instrui os recém-chegados estudantes e acalma as famílias dos doentes. O olhar de Wyle é sempre um pouco cansado, de quem já viu muito mais do que deveria.

 


Wyle é o protagonista inconteste, e tudo parece girar ao redor dele. Mas "The Pitt" traz outros personagens que prometem render algumas boas histórias. Patrick Ball (Frank Langdon) é o mais brilhante dos residentes do local. Ele faz questão de que todos saibam disto, despejando arrogância em situações que demandariam um pouco de compaixão.

 


Já Shabana Azeez (Javad) é uma estudante que está em seu primeiro plantão. O desmaio durante um procedimento a deixa deslocada entre os colegas. Mas não só: ela é jovem demais, eles observam. Javad tem apenas 20 anos, mas tem que se esforçar mais do que os outros: é filha de uma famosa cirurgiã do hospital, só que não quer que os outros saibam disto.

 


Os episódios são conduzidos em um ritmo veloz, como convém ao cenário onde a trama é ambientada. É personagem demais para o espectador lidar nos episódios iniciais, mas, conforme a temporada for avançando, espera-se que as coisas cheguem no lugar. Só não espere muitos romances, como as séries do gênero sempre enfatizaram. Como a trama vai cobrir um único turno, não deve haver tempo para tal.

 

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“THE PITT”
• Série em 15 episódios. Os dois primeiros estão disponíveis na Max. Novos episódios às quintas