Em

Em "Belo Bracher Horizonte", Carlos Bracher retrata sua relação íntima com BH, como na pintura da Praça da Liberdade

crédito: Cristiano Quintino/Divulgação

 

 

Para quem é fã de artes visuais, há diversas opções de exposições gratuitas em cartaz em Belo Horizonte neste início de 2025.

 

Nomes como Yara Tupynambá, Carlos Bracher e Márcio Sampaio têm as respectivas trajetórias artísticas revisitadas em mostras que reúnem trabalhos inéditos para o público. O Sol também é tema de instalações que unem arte e tecnologia.

 

 

“Belo Bracher Horizonte”, dedicada ao pintor Carlos Bracher, pode ser visitada até 9 de fevereiro na Casa Fiat de Cultura. Após quase 10 anos desde a última exposição do artista na capital, sua esposa, Fani Bracher, fez a curadoria de mais de 60 obras. Entre elas estão 37 quadros inéditos, que representam a íntima relação do artista com a cidade.

 

Com pinturas em óleo sobre tela, aquarelas e desenhos a carvão, Carlos Bracher retrata o Viaduto Santa Tereza, a Praça da Estação, a Praça da Liberdade e a Avenida Afonso Pena, além de bandas e grupos artísticos importantes, como Pato Fu, Galpão e Corpo.

 

 

Também na Casa Fiat estão em cartaz as mostras “Nó – O enlace da renda e da chita”, que exibe até dia 19 de janeiro modelos criados por 25 estilistas brasileiros, e “Babel”, com trabalhos de Rafael Villarouca.

 

Expostas até este domingo (12/1), as fotografias de Villarouca retratam cidades do Ceará, como Fortaleza, Icó e Juazeiro do Norte, na formação de um espaço único e fictício.

 

Na Galeria do Centro Cultural Unimed-BH Minas está em cartaz "Lavra Márcio Sampaio: do todo, uma parte”, até 9 de março. A mostra documental celebra os 65 anos do artista mineiro, com pinturas, desenhos, objetos e poemas.

 

 

Yara Tupynambá, de 92 anos, é homenageada na mostra “Paisagens da alma mineira”, em cartaz na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, no Palácio das Artes.

 

As 121 obras relembram a trajetória da artista, divididas em sete categorias, entre autorretratos e projetos audiovisuais. A exposição poderá ser visitada até 23 de fevereiro.

 

Improviso

 

“Rito do amor selvagem [situação; acidente]”, com trabalhos de Ricardo Burgarelli, está em cartaz no Museu Mineiro (Av. João Pinheiro, 342 – Lourdes). A instalação reúne desenhos, impressões, objetos e vídeos que convidam à reflexão sobre as dinâmicas entre a ordem e o improviso na arte.

 


Também no Circuito Liberdade, "Luz eterna – Ensaio sobre o Sol", com trabalhos de arte digital imersiva, é protagonizada pelo “astro-rei”. Em cartaz no CCBB BH, a mostra exibe instalações gigantescas que projetam imagens e sons. Concepção e realização são assinadas pelo Aya, estúdio paulistano criado há cinco anos por Antonio Curti.

 

 

O Centro de Arte Popular, em Lourdes, exibe até este domingo (12/1) a mostra “Oratórios na contemporaneidade: Reinvenções”, da artista Flávia de Moura Rangel. As peças são releituras de oratórios que conectam o sagrado ao cotidiano por meio do uso de madeira, metal, vidro e de outros materiais.

 

O planeta em foco

 

“Eztetyka da Terra”, em cartaz na CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas, no Centro, teve o período expositivo prolongado até 25 de janeiro. A mostra aborda a relação entre seres vivos, o planeta e suas transformações a partir de obras de 11 artistas.

 

Fotografia feita por Marc Ferrez mostra o mar do Rio de Janeiro, entre pedras, com um pequeno barco ao centro

Foto de Marc Ferrez (1843-1923) exposta na CâmaraSete, no Centro de BH

Marc Ferrez/reprodução

 

No Centro Cultural UFMG, três mostras ficarão em cartaz até 2 de fevereiro. “Sobre torres, janelas e memória”, de Alexandre Menezes, homenageia Minas Gerais ao retratar em pinturas a arquitetura do estado.

 

As obras de “Matéria e memória”, também focadas na arquitetura, foram criadas pela ítalo-brasileira Daniela Marton durante a pandemia. Nos quadros, a artista retrata edificações que remetem a memórias afetivas.

 

 

Em “Do sal viemos ao sal voltaremos”, por sua vez, o artista visual e arqueólogo Gabriel Lauriano exibe obras tridimensionais que promovem reflexões sobre fé e história sociocultural.

 


PROGRAME-SE

 

•  “BELO BRACHER HORIZONTE”; “NÓ – O ENLACE DA RENDA E DA CHITA”; “BABEL”

De Carlos Bracher, estilistas brasileiros e Rafael Vilarouca, respectivamente. Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10, Funcionários). Visitação até 9 de fevereiro, de terça a sexta-feira, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.

 

• “PAISAGENS DA ALMA MINEIRA”

De Yara Tupynambá. Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro). Visitação até 23 de fevereiro, de terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingos e feriados, das 17h às 21h.

 

• “LUZ ETERNA – ENSAIO SOBRE O SOL”

Mostra coletiva. Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450, Funcionários). Visitação até 10 de fevereiro, de quarta a segunda-feira, das 10h às 22h.

 

• “RITO DO AMOR SELVAGEM [SITUAÇÃO; ACIDENTE]”

De Ricardo Burgarelli. Museu Mineiro (Av. João Pinheiro, 342 – Lourdes). Visitação até 26 de janeiro, de terça a sexta, das 12h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 11h às 17h.

 

• “ORATÓRIOS NA CONTEMPORANEIDADE: REINVENÇÕES”

De Flávia de Moura Rangel. Centro de Arte Popular (Rua Gonçalves Dias, 1.608, Lourdes). Visitação até domingo (12/1). Hoje, das 12h às 18h30; sábado e domingo, das 11h às 17h30.

 

• “SOBRE TORRES, JANELAS E MEMÓRIA”; “MATÉRIA E MEMÓRIA”; “DO SAL VIEMOS AO SAL VOLTAREMOS”

De Alexandre Menezes, Daniela Marton e Gabriel Lauriano, respectivamente. Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174, Centro). Visitação até 2 de fevereiro, de terça a sexta, das 9h às 20h; sábado, domingo e feriados, das 9h às 17h.

 

• "LAVRA MÁRCIO SAMPAIO: DO TODO, UMA PARTE”

De Márcio Sampaio. Galeria do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244 – Lourdes).
Visitação até 9 de março, de terça a sábado, das 10h às 20h; domingo e feriados, das 11h às 19h.

 

• “EZTETYKA DA TERRA”

Coletiva de 11 artistas. CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas (Av. Afonso Pena, 737 – Centro). Visitação até 25 de janeiro, de terça a sábado, das 9h30 às 21h.


* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro