“Um amigo na noite”, filme de Vinícius di Castro, vem percorrendo o circuito dos festivais, enquanto aguarda sua estreia no circuito comercial. O diretor comemora os prêmios de Melhor Filme, concedido pelo Cinemaz, e Melhor Curta Mineiro, no Offcine, ambos em Varginha, no Sul de Minas; Melhor Filme na opinião de júri e público, no Lift-Off, em Londres, na Inglaterra; e Melhor Curta Internacional, em festivais de Nova Jersey e de Nova York, nos Estados Unidos.

 




O roteiro é assinado pelo próprio diretor. “A ideia me veio à cabeça quando ia de bicicleta de casa para o trabalho. Vendo as pessoas na rua, comecei a 'viajar'”, conta. Um homem de terno carregando sua pasta chamou-lhe a atenção. “Comecei a imaginar o que seria a vida daquele homem de semblante triste, o que ele estava vivendo.”

 

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Foi assim que nasceu o personagem, um advogado abatido pela morte da mulher, ocorrida há seis meses. “Certo dia, ele resolve largar o carro na garagem e seguir a pé para casa. Inconsolável, não quer falar com ninguém. Não quer ser incomodado”, explica Castro.

 


Um vira-lata passa a seguir o advogado, que logo rejeita a companhia do “Caramelo”. Não gosta dele, mas o cão o salva de um assalto. Nas ruas do Baixo Belô, na Região Central da capital mineira, o protagonista vive situações inusitadas, sempre com o pet a seu lado.


O lançamento oficial do filme está previsto para 21 de fevereiro, às 20h, no Cine Santa Tereza, em BH. O curta vem participando de festivais graças à plataforma Film Free Way, que viabiliza a inscrição de produções que apresentem o CPB (Certificado de Produto Brasileiro), emitido pela Agência Nacional do Cinema (Ancine).

 

Vinícius di Castro diz que "coragem e sacrifício" são a marca registrada do cinema feito por ele

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

 

“Um amigo na noite” é fruto de “coragem e sacrifício”, afirma Vinícius. “Fiz tudo sozinho. A câmera é minha. Algumas cenas, eu mesmo filmei. Em outras tive ajuda de amigos.” O próprio diretor interpreta o advogado. O vira-lata, que vem a ser o companheiro noturno do título, pertence a ele e ganhou até nome artístico: Duffy di Castro.

 


Castro ressalta que rodou o curta em “locais não badalados” de Belo Horizonte. “Não procurei as praças da Liberdade, Tiradentes, Raul Soares e Rio Branco. BH tem outros pontos tão interessantes quanto elas. Debaixo dos viadutos a vida também pulsa”, afirma.


O mendigo é interpretado por um cliente da lan house de Vinícius. “Dei a ele o nome artístico de Roni Coelho”, informa.


E foi assim, na base do improviso, que o curta de 20 minutos saiu. Agora, o diretor busca apoios para ampliar sua empreitada, sobretudo para a estreia no Cine Santa Tereza, em fevereiro. “Precisamos de parceiros. Mas, de qualquer jeito, vai haver o lançamento no dia 21”. E convida: “Bora' lá.”

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