MÚSICA

Paige dá guinada em direção ao pop em seu primeiro álbum

Com 26 anos de idade e 13 de carreira, a artista mineira que fez fama no rap lança "Esse é meu mundo", com 11 faixas e um caleidoscópio de influências

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Dona de uma das vozes mais doces e marcantes da nova safra de artistas mineiros, a cantora Paige se firma no pop com o lançamento de seu primeiro disco, “Esse é meu mundo”. O projeto, disponível nas plataformas desde a noite da última quinta-feira (30/1), traz faixas escritas por uma artista cheia de personalidade, que agora quer apresentar ao público suas origens.


Embora esse seja o seu álbum de estreia, Paige é velha conhecida da cena belo-horizontina. Envolvida com o canto desde a infância, vivida entre os bairros Tirol e Califórnia, Ana Bárbara virou Paige aos 13, quando criou a primeira das três bandas que integrou antes de iniciar sua carreira solo. “Faço música a minha vida toda”, diz ela, que, na época da escola, ainda participou do coral do Instituto Estadual de Educação de Minas Gerais.


Em 2019, veio a carreira solo e, com ela, dois EPs: “Babygirl” e “Pretchucka”. Os títulos depois também viraram apelidos da artista. Sobre o processo de lançar seu maior trabalho até aqui, ela o classifica como amadurecedor. “Acho que cresci como mulher”, diz. O disco sobre o percurso para se entender no mundo vem sendo produzido desde o ano passado.


A cantora mostra em 11 faixas a que veio. O álbum dançante e cheio de sensualidade tem referências que vão de Djavan a Beyoncé e constroem uma sonoridade própria da artista. Depois de se destacar na cena do hip hop, Paige ingressa na seara do pop sem abrir mão de suas raízes. “Esse é meu mundo” tem elementos do funk e do boom bap, assim como do samba e do R&B.


Resumir sua trajetória em um conjunto de letras que comunicam sua própria história foi um desafio, mas Ana Bárbara quer mostrar que veio para ficar. “Quando a gente começa muito novo, aquilo vira parte da sua rotina muito cedo, então todos os meus hábitos giram em torno da música, de fazer arte. Sinto que minha música vai ser eterna e tenho a sensação de que estou deixando algo”, afirma.


Longa espera

“Parece que esperei a minha vida toda para lançar esse álbum e, de fato, esperei. Ele é um sonho de criança”, diz. O projeto começou a ser apresentado ao público em julho do ano passado, com o single “Trik trik”, um pop com forte influência latina e batidas de reggaeton à la Bad Bunny. A canção também ganhou um clipe coreografado.


A dança, aliás, é outro traço muito presente no trabalho da artista, que desde a adolescência está conectada com esse universo. Inserida no movimento hip hop, fazia aulas de break dance. Depois do primeiro single, vieram os feats com Cynthia Luz, “Pra viajar”; e “Muy linda”, com o DJ WS da Igrejinha.


“Acho que é uma das músicas mais lindas de love song que já fiz na minha vida”, avalia ela, sobre a parceria com o colega de selo, A Macaco, que entrou para somar forças na faixa com beats de funk, depois que uma primeira versão já estava pronta.


Aos 26 anos, a Babygirl começa a trilha sonora da própria vida com a faixa “Sonhos”. Em “Filha do sol”, fala sobre a herança musical que traz da família e, em “Garotos e garotas”, sobre sua bissexualidade. Já “98”, ano de seu nascimento, é introduzida com um áudio da mãe de Paige dizendo: “Você nasceu pra brilhar”. Cheia de autenticidade, ela assevera: “Quem me conhece não me esquece”, na mesma faixa.


A criação das músicas ocorreu em dois processos de imersão, um na própria Macaco, e outro na Lapinha da Serra. Para colaborar na construção das faixas, convidou os amigos Gustavo Vaz, Nath Rodrigues, PS e Faew. “Depois dos instrumentais prontos, comecei a pensar em qual parte da minha história eu poderia colocar dentro daquele capítulo musical. Minha sonoridade vem da mistura. Gosto mesmo é de fazer um grande suco de todas as minhas referências”, conta.


“Tentei falar verdades, contar verdades, ser poética, ter uma letra forte que comunicasse com todas as pessoas”, afirma. Segundo ela, a guinada para o pop neste momento da carreira tem o objetivo de ampliar sua comunicação. “Estamos caminhando para esse estilo porque a minha música é popular. Quero falar com as pessoas, quero falar com o povo”, declara.


Para a cantora, o lançamento de “Esse é meu mundo” representa um marco. “Esse álbum é meu pé no chão, é a fixação de que realmente estou aqui, faço parte disso. Espero que eu possa continuar fazendo música e expandindo, mostrando meu trabalho para o máximo de pessoas possível.”


FAIXA A FAIXA

• “Sonhos”


• “Filha do sol”


• “Garotas e garotas”


• “Muy linda” (feat WS da Igrejinha)


• “Trik trik”


• “Dispara” (feat Jade e Karen Fialho)


• “Água de coco” (feat Kaike)


• “Pra viajar” (feat Cynthia Luz)


• “Retrato”


• “Suprir”


• “98”


“ESSE É MEU MUNDO”


• Álbum de Paige


• Natura musical


• 11 faixas


• Disponível nas plataformas digitais

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