FESTA DE HOLLYWOOD

Oscar 2025: Acompanhe a cerimônia

Confira a cobertura da grande noite de premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood; Brasil pode vencer seu primeiro Oscar

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Chegou a hora! A 97ª edição do Oscar está começando. A partir de agora, você pode acompanhar aqui a cerimônia da mais badalada premiação do cinema.

 

 

Serão entregues na noite deste domingo (2/3) 23 prêmios. "Ainda estou aqui", de Walter Salles, concorre em três categorias: Melhor Filme Internacional, Melhor Atriz (Fernanda Torres) e Melhor Filme.

 

Pela primeira vez a ceriomônia de abertura é apresentada pelo comediante Conan O'Brien. Ele substitui o também humorista Jimmy Kimmel, que esteve à frente das duas edições anteriores.

 

Primeira atração da noite, Ariana Grande cantou "Over the raimbow", do filme "O mágico de Oz" (1939). Na sequência, Cynthia Erivo cantou "Home". E, por fim, as duas cantaram em dueto "Defying Gravity", do longa "Wicked", protagonizado por elas e que concorre, entre outras categorias, a de Melhor Filme.

 

Primeira referência feita a um concorrente foi à "A substância" no VT incial, quando Conan O'Brien saiu de dentro do corpo de Demi Moore, assim como a versão mais jovem da personagem no longa de Coralie Fargeat. No monólogo de abertura, O'Brien brincou consigo ("'Um completo desconhecido', 'Nosferato'... foram alguns nomes que me chamaram no tapete vermelho", brincou ele) e foi polido – para não dizer sem graça – ao citar os indicados.

 

A piada mais dura foi direcionada à Karla Sofía Gascón. "Adorei 'Anora', boa história. Uma curiosidade: eles usam palavrões 479 vezes, são três vezes mais do que a relações públicas de Karla Sofía Gascón", alfinetou O'Brien. "A Karla está conosco hoje e se você for tuitar algo sobre o Oscar lembre que meu nome é Jimmy Kimmel", acrescentou.

 

Sobre "Ainda estou aqui", disse: "É a história de uma mulher que teve de viver sozinha depois que o marido desaparece. Minha esposa viu o filme, adorou e disse que seria uma boa ideia se acontecesse comigo".

 

O’Brien também disse que a noite iria homenagear as pessoas por trás das câmeras, que dedicam suas vidas ao cinema. “Não são famosas nem ricas, mas se dedicam a uma arte que nos reúne”, comentou.

 

 

No final no monólogo, o comediante ainda arriscou um musical capenga antes de chamar Robert Downey Jr., vencedor do Oscar de Melhor Ator Coadjuvante do ano passado por "Oppenheimer", para anunciar o vencedor da categoria, Kieran Culkin, por “A verdadeira dor”.

 

"Eu sou ator a vida inteira, nunca achei que isso faria parte da minha trajetória, mas eu cheguei aqui", disse Culkin no discursso de agradecimento.

 

No primeiro resultado, deu o favorito. Kieran Culkin venceu todos os prêmios da temporada pré-Oscar com o papel de Benji, o primo do protagonista interpretado por Jesse Eisenberg em “A verdadeira dor”. Os dois partem numa viagem para a Polônia, de onde a avó deles fugiu do nazismo, para elaborar o luto pela perda da avó.

 

Assim como no caso de Zoe Saldaña (“Emilia Pérez), a indicação de Culkin é considerada ligeiramente injusta com os outros concorrentes, pelo destaque que seus respectivos papéis têm nas tramas, correspondentes a de coprotagonistas.

 

Além da indicação de Kieran Culkin a Melhor Ator Coadjuvante, “A verdadeira dor” concorre também na categoria Melhor Roteiro Original.

 

Andrew Garfield e Goldie Hawn foram os responsáveis por anunciar o vencedor de Melhor Animação em Longa-Metragem, o letão "Flow". Foi a primeira vez que a Letônia ganhou um Oscar. O longa também concorre com "Ainda estou aqui" em Melhor Filme Internacional.

 

 

"Obrigada aos meus gatos e cachorros. Espero que isso abra portas para pessoas que fazem animação independente do mundo todo. É a primeira vez que um filme da Letónia foi indicado e isso significa muito para a gente”, afirmou o diretor Gints Zilbalodis, em seu discurso.

 

Quem levou a estatueta de Animação em Curta-Metragem foi o iraniano “Na sombra do cipreste”, de Hossein Molayemi e Shirin Sohani. "Conseguir fazer esse filme com as circunstâncias extraordinárias do nosso país é um milagre", afirmou a dupla, lembrando as dificuldades de fazer cinema no país teocrático.

 

Em Figurino, a estatueta foi para "Wicked", assinado por Paul Tazwell. "Sou o primeiro homem negro a ganhar o prêmio de melhor figurino", lembrou ele. O anúncio foi feito por Lily Rose Depp, Connie Nielsen, Bowen Yang, Ella Fanning e John Lithgow.

 

Em Roteiro Original, o vencedor foi "Anora", de Sean Baker. Concorriam  “O brutalista”, de Brady Corbet; “A verdadeira dor”, de Jesse Eisenberg; “Setembro 5”, de Tim Fehlbaum; e “A substância”, de Coralie Farjeat. E o Oscar de Roteiro Adaptado ficou com"Conclave", de Edward Berger. O longa, baseado no romance homônimo de Robert Harris, superou “Um completo desconhecido”, de James Mangold; “Emilia Pérez”, de Jacques Audiard; “Nickel boys”, de RaMell Ross; e “Sing sing”, de Greg Kwedar.

 

A sétima estatueta anunciada foi a de Maquiagem e Penteado, que ficou com "A substância".

 

No intervalo dos anúncios, Margaret Qualley, de "A substância", apresentou número de dança, e, em seguida, Lisa, do grupo de k-pop Black Pink, cantou “Live and let die”, da banda Wings. Doja Cat subiu ao palco em seguida para performar “Diamonds are forever”, de John Barry. E a britânica Raye cantou “Skyfall”, de Adele. Todas elas são canções clássicas da  trilha sonora de James Bond.

 

Depois das apresenação, "Anora" foi anunciado como vencedor de Melhor Montagem. É a segunda estatueta que o filme de Sean Baker leva na noite. Na categoria de Atriz Coadjuvante, não houve muita surpresa: Zoë Saldaña, por "Emilia Pérez", levou o prêmio.

 

Zoe Saldaña era favoritíssima nessa categoria, até a campanha de “Emilia Pérez” ter sido engolida pelo furacão provocado pelo ressurgimento de tuítes xenofóbicos e racistas publicados pela intérprete da personagem-título, a espanhola Karla Sofía Gascón.

 

A dúvida era se o “cancelamento” da atriz derrubaria todas as chances do filme que tem o maior número de indicações nessa edição (13 no total).

 

A dúvida agora é se esse será o único prêmio da noite para “Emilia Pérez”. Como os resultados anteriores demonstraram, o apreço dos integrantes da Academia por “Anora” e “Conclave” ficou evidente.

 

Em Direção de Arte, "Wicked" superou “O Brutalista”, “Conclave”, “Duna: Parte 2”, de Denis Villeneuve; e “Nosferatu”, de Robert Eggers. E, em Canção Original, o Oscar foi para a música "El mal", de "Emilia Pérez". O anúncio foi feito por ninguém menos que Mick Jagger.


“Por mais que eu goste de estar aqui, eu não fui a primeira opção. Os produtores queriam que Bob Dylan estivesse aqui. Eles queriam alguém mais novo e aqui estou eu”, brincou o vocalista do Rolling Stones. Ainda na seara musical, o minidocumentário "A única mulher na orquestra", sobre a contrabaixista Orin O'Brien, a primeira mulher da Filarmônica de Nova York, levou a estatueta de Documentário em Curta-Metragem. O filme é dirigido pela sobrinha da contrabaixista, Molly O'Brien.

Já na categoria de Melhor Documentário em Longa-Metragem, o vencedor foi "No other land", produzido por um coletivo palestino-israelense sobre a destruição de região palestina nan cisjordânia por soldados israelenses.

Antes do anúncio de Melhor Som, vencido por "Duna: Parte 2", os bombeiros da cidade de Los Angeles foram homenageados pelo trabalho no combate aos incêndios do início deste ano na cidade. "Duna: Parte 2" levou na sequência a estatueta de Efeitos Visuais.


Entre os concorrentes a Melhor Curta-Metragem em Live Action, “I’m not a robot” bateu “A Lien”, que tinha um brasileiro como diretor de fotografia; "Anuja”, “The last ranger” e “O homem que não conseguia ficar em silêncio”.

No tradicional momento "in memorian", Morgan Freeman falou sobre Gene Hackman, com quem trabalhou nos filmes “Os imperdoáveis” e “Sob suspeita”. “Como todo ator que já dividiu a cena com ele, eu aprendi que ele era um artista generoso, um homem cuja os dons elevavam o trabalho de todos”. Na retrospectiva das personalidades do cinema que se foram nos últimos 12 meses, a academia deixou Cacá Diegues de fora. O brasileiro morreu em 14 de fevereiro.

A cerimônia continuou com a premiação de "O brutalista" em Melhor Fotografia. E "Ainda estou aqui" recebeu o primeiro Oscar para o Brasil em Melhor Filme Internacional. Na categoria de Trilha Sonora Original, a estatueta foi para "O brutalista".

Entre as principais categorias, Adrien Brody levou o Oscar de Melhor Ator por "O brutalista", no qual ele interpreta um arquiteto judeu que se muda para os EUA no intuito de fugir do holocausto e enfrenta a xenofobia o antissemitismo na América. Brody exagerou no discurso e pediu para a produção não o interromper.

Em Direção, Sean Baker ("Anora") levou a estatueta. Em sua fala, o cineasta defendeu que se mantenha viva a tradição do cinema. “Assistir um filme no cinema, com uma plateia, é uma experiência. Num momento em que o mundo está muito dividido, isso é mais importante do que nunca. Os cinemas independentes estão passando por dificuldades e cabe a nós apoiá-los... Cineastas, façam filmes para as grandes telas. Pais, levem seus filhos ao cinema. Vocês estão gerando a próxima geração de cinéfilos e cineastas", afirmou.

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