Dilma celebra Oscar e destaca trabalho da Comissão Nacional da Verdade
Marcelo Rubens Paiva já declarou que as informações levantadas pela Comissão Nacional da Verdade possibilitaram a publicação do livro Ainda Estou Aqui
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Siga noSÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A ex-presidente Dilma Rousseff, que atualmente preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como banco do Brics, comemorou o Oscar de melhor filme internacional para "Ainda Estou Aqui" e citou a importância da Comissão Nacional da Verdade para que a história de Eunice Paiva fosse contada.
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"É motivo de orgulho saber que a história de Rubens Paiva e de sua família -especialmente a busca incansável de Eunice Paiva pela verdade e pela justiça - pode ser contada graças ao trabalho da Comissão Nacional da Verdade, que criei durante meu governo para investigar os crimes", disse na madrugada desta segunda-feira (3).
Para Dilma, o Oscar para o filme do diretor Walter Salles é um reconhecimento da cultura brasileira e uma homenagem ao cinema nacional. Em publicação nas redes sociais, a ex-presidente citou Salles e as atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, que interpretam Eunice no filme, além do ator Selton Mello, o Rubens Paiva na obra.
O Oscar de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui é um reconhecimento da força da cultura brasileira. Uma homenagem merecida ao nosso cinema, ao diretor Walter Salles, às atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, ao ator Selton Mello e a toda a equipe do filme.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) March 3, 2025
"Trata-se de uma vitória internacional histórica, que honra a todos os que se foram, assim como reverencia aqueles que ainda estão aqui, defendendo a democracia e combatendo o fascismo".
O escritor Marcelo Rubens Paiva, filho de Rubens e Eunice, já declarou que as informações levantadas pela Comissão Nacional da Verdade possibilitaram a publicação do livro "Ainda Estou Aqui", base do filme.
"E Dilma pagou um preço alto pelo necessário resgate da memória", disse.
Em artigo publicado na Folha, ele afirmou que a mãe chegou a ver os resultados da Comissão Nacional da Verdade, mas talvez não tenha registrado.
"Carregava o fardo do Alzheimer havia mais de quinze anos e morreu justamente no dia 13 de dezembro, nos cinquenta anos do AI-5", escreveu.
A comissão analisou violações aos direitos humanos ocorridas na ditadura militar (1964-1985).
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