Preta Gil: câncer 'ensinou a valorizar o simples'
'A doença me ensinou a valorizar o simples e a ser grata pelo que antes eu nem enxergava. A vida é um sopro, e o que realmente importa é o amor', diz Preta Gil
Mais lidas
compartilhe
Siga noPreta Gil, que marcou presença no Carnaval de Salvador após 55 dias internada, diz ter renascido. A cantora afirma que o câncer mudou sua perspectiva sobre a vida.
"Neste sábado (8/3), eu entendo que a vida é o agora. Que sucesso não é agenda cheia nem capa de revista. Sucesso é estar viva, poder abraçar quem eu amo, poder rir, chorar, sentir. A doença me ensinou a valorizar o simples e a ser grata pelo que antes eu nem enxergava. A vida é um sopro, e o que realmente importa é o amor", reflete em entrevista ao jornal O Globo.
Leia Mais
"Estou no meu segundo tratamento oncológico, passei por uma separação dolorosa e por tantos processos íntimos que me obrigaram a olhar pra dentro de um jeito que eu nunca tinha feito", completa.
Para Preta Gil, o primeiro passo para se reconstruir é parar de se comparar. "A gente foi ensinada a se medir pela régua dos outros, e isso adoece a gente. Quando você se olha com carinho e entende que você merece amor, respeito e cuidado, principalmente de você mesma, é aí que a reconstrução começa. E pedir ajuda não é fraqueza, é coragem. Eu precisei me reconstruir tantas vezes e aprendi que não dá pra fazer isso sozinha."
- Patrícia Poeta é criticada por entrevista com pai de jovem assassinada
- ‘Mayhem’: Lady Gaga volta ao dark-pop em novo álbum; ouça
Ela assumiu a responsabilidade de ser referência para mulheres. "Entendi que minha voz, minha aparência, minha vivência são, sim, políticas. Cada vez que eu subo num palco ou falo sobre o que vivi, abro espaço pra outras mulheres que também merecem ser vistas e respeitadas. Não é fácil, mas é urgente. E eu sei que minha história não é só minha, ela é espelho e afeto para muita gente."
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
A cantora celebra as conquistas das mulheres nos últimos anos, mas diz que ainda há desafios a superar. "Ainda falta muito. A violência contra a mulher, a diferença salarial, o racismo, o etarismo... Tudo isso ainda pesa nas nossas costas. E para mulheres pretas, gordas, LGBTQIA+ e periféricas, esses desafios são ainda maiores. Celebrar é importante, mas a luta continua todos os dias."