AGENDA CULTURAL

Festival de Verão UFMG inicia hoje sua 19ª edição

Com programação multidisciplinar e gratuita nos equipamentos da universidade e no campus Pampulha a partir desta terça (18/3), evento vai até o próximo dia 28

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O Festival de Verão UFMG chega nesta terça-feira (18/3) à sua 19ª edição, com uma programação extensa, que prossegue até o próximo dia 28. Mais uma vez realizada em parceria com a Feira do Livro UFMG, que começa na próxima semana, a edição 2025 adota como tema “Outras palavras: Diversidade cultural, decolonialidade e democracia”.


O mote vem do desejo da universidade pública de estreitar as relações com a comunidade, chamando a atenção para a multiplicidade de formas de conhecimento.

“O Festival de Verão sempre entendeu que a universidade mobiliza um conjunto de saberes transversais. O mundo das palavras, com que a Editora UFMG trabalha, se desdobra em diversas formas, sejam palavras cantadas, transformadas em imagens ou que atravessam o cinema. Nossa proposta é destacar as diferentes linguagens para além da literatura, nas quais a universidade tem-se aberto nos últimos anos”, afirma o pró-reitor de cultura, Fernando Mencarelli.


A agenda da diversidade se reflete na programação do festival, que inclui espetáculos, oficinas, encontros com escritores, mesas-redondas, lançamentos de livros e exposições gratuitas para o público. Neste ano, as apresentações ocorrem em cinco espaços de Belo Horizonte: o Centro Cultural UFMG, o Conservatório UFMG, o Espaço do Conhecimento UFMG, a Praça de Serviços do campus Pampulha e a Funarte MG.


Abertura

Quem fica responsável pela abertura é o Grupo Sonante 21, que se apresenta no Conservatório UFMG, às 19h de hoje. Antes disso, às 14h, ocorre uma aula aberta do curso de extensão Confluir UFMG, voltado à escrita de projetos culturais e ao acompanhamento de agentes da cultura. O encerramento do festival, em 28/3, será com Nêga Kelly, às 20h, no Centro Cultural UFMG.


A programação do Conservatório UFMG destaca a pluralidade de gêneros musicais. Na quinta-feira (20/3), às 19h30, o mineiro Roger Deff sobe ao palco representando o rap, o jazz, o funk e o samba.


Estarão no repertório do rapper as canções de seu terceiro álbum, “Alegoria da paisagem” (2023). Inspirado em uma aula de mestrado, na qual conheceu o conceito que afirma que uma paisagem só existe quando percebida, o cantor produziu oito músicas que questionam a visibilidade das periferias de BH.


“A ideia do disco é justamente discutir o que é visto numa grande cidade como Belo Horizonte. A Região Centro-sul é paisagem, porque é cartão-postal da cidade. Ela é vista, mas o que está atrás deste lugar?”, questiona Roger Deff.


Como um artista que transita entre a trajetória acadêmica e a comunidade periférica, ele reconhece a importância do movimento inclusivo da universidade.

“O rap permite que muitos jovens, mesmo sem conhecimento teórico, façam música. Além de, enquanto linguagem artística, ele ter sido responsável por registrar o processo cultural da juventude periférica. A música da diáspora negra, como um todo, tem essa função de registro da população que historicamente não podia se registrar por meio dos livros”, diz.


Conhecimento

“A universidade é um espaço de transmissão de conhecimento para a sociedade, e é um bom sinal que esteja atenta aos novos movimentos sociais. Ela continua sendo ocupada majoritariamente por pessoas brancas de classe média, mas a inclusão de jovens negros e periféricos fortalece a democracia e a pluralidade”, afirma Deff.


Não à toa, em consonância com a reflexão do rapper, a temática do festival de 2025 inclui o destaque à democracia. “A afirmação dos valores democráticos é uma pauta permanente e cada vez mais necessária diante do que passamos recentemente. Nesta perspectiva do festival, a gente entende que não há democracia sem a afirmação desses valores, entre eles o da diversidade cultural e o das pluralidades de visão de mundo”, diz o pró-reitor Mencarelli.


Os outros espaços culturais da UFMG receberão exemplos de diferentes linguagens artísticas. Desta sexta (21/3) a domingo, às 19h30, a Funarte MG abriga o espetáculo “O som do mundo desmoronando”. Já o Centro Cultural UFMG abre três exposições às 19h de sexta: “Arte como jogo de brincar”, “Cumbara” e “Tudo que é rastro um dia foi desejo”.


No Espaço do Conhecimento UFMG, a astronomia entra em cena com a sessão de planetário “Ao cair da noite, eu me guiarei pelo brilho dos seus olhos”, no próximo sábado (22/3), às 19h, e no domingo, às 16h.


Na próxima segunda (24/3), quando começa a Feira do Livro UFMG, a programação se concentra no campus Pampulha. Até quinta-feira (27/3), apresentam-se as cantoras Tamara Franklin e Jessica Gaspar, além da Velha Guarda do Samba de BH.


19º FESTIVAL DE VERÃO UFMG
Com o tema “Outras palavras: diversidade cultural, decolonialidade e democracia”, a partir desta terça (18/3) até a próxima sexta (28/3), no Campus Pampulha (Av. Presidente Antônio Carlos, 6.627 - Pampulha), Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174, Centro), Conservatório UFMG (Av. Afonso Pena, 1.534, Centro), Espaço do Conhecimento UFMG (Praça da Liberdade, 700, Funcionários) e Funarte MG(Rua Januária, 68, Centro). Programação completa no site.


*Estagiária sob supervisão da editora Silvana Arantes

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