ARTES CÊNICAS

Débora Falabella ganha o Prêmio Shell por sua atuação em 'Prima facie'

Em seu primeiro monólogo, atriz mineira interpreta advogada vítima de estupro. 'Foi uma das coisas mais difíceis que já fiz na minha vida', disse ela

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A mineira Débora Falabella ganhou o Prêmio Shell de Teatro, seção Rio de Janeiro, por sua atuação no monólogo “Prima facie”, no qual advogada narra no tribunal o estupro que sofreu por um colega de trabalho, réu em julgamento marcado por nuances machistas.


É o primeiro monólogo da carreira da atriz, de 46 anos. “Entrar em contato com esse texto foi uma das coisas mais difíceis que já fiz na minha vida”, disse Débora, citando a violência contra as mulheres.

 


A peça da australiana Suzie Miller, sob direção da belo-horizontina Yara de Novaes, estreou em abril de 2024, no Rio de Janeiro, passou por Brasília e faz temporada em São Paulo. A tradução é de Alexandre Tenório.

Brechas

Débora vive Tessa, criminalista satisfeita com seu sucesso nas disputas jurídicas, vencidas por quem for mais eficiente na exploração das brechas da lei.


“Os taxistas não escolhem seus clientes”, argumenta ela inicialmente, ao explicar que cabe a uma advogada criminalista defender, também, os homens que violentam as mulheres. Depois de ser estuprada, Tessa denuncia o crime e enfrenta a opressão que o sistema jurídico exerce sobre a mulher. 

Entregue na terça-feira à noite (18/3) no Teatro Riachuelo, na capital fluminense, o Shell carioca premiou o ator Othon Bastos, de 91 anos, por “Não me entrego, não!”, monólogo em que apresenta recortes de sua longa experiência artística. Fenômeno do boca a boca no ano passado, atraindo 40 mil espectadores, a peça estreia na quinta-feira (20/3) em São Paulo.

A dupla Dadado de Freitas e Mauricio Lima venceu na categoria Direção por “Arqueologias do futuro”. A dramaturgia premiada foi a de Pedro Emanuel e Vinicius Arneiro por “Língua”, trama que reflete dilemas da comunicação a partir da história da mãe que prepara a festa de aniversário surpresa para o filho, taxista surdo que cresceu rodeado por pessoas ouvintes.

Shell paulista

A seção paulista do Shell premiou Alexia Twister, drag queen experiente nos palcos paulistanos e conhecida pela série “Nasce uma rainha” (Netflix), por seu papel em “Rei Lear”, tragédia de William Shakespeare.


Na montagem, só com artistas drag queens, Twister representou o monarca, chamando a atenção pela cena em que o octogenário, à beira da loucura, enfrenta uma tempestade.


Na premiação paulista, Mel Lisboa venceu como atriz por “Rita Lee – Uma autobiografia musical”. Na categoria Direção, o Shell foi para Jéssica Teixeira por “Monga”, monólogo criado e interpretado por ela a partir da história da mexicana Julia Pastrana, cantora e bailarina que viveu no século 19 e ficou conhecida como “mulher macaco” devido à doença genética hipertricose terminal, que deixa rosto e corpo coberto de pelos.

Na modalidade Dramaturgia, o Shell paulista ficou com Liana Ferraz por “Não fossem as sílabas do sábado”, adaptação para o teatro do livro de Mariana Salomão Carrara, vencedora na categoria Romance do Prêmio São Paulo de Literatura em 2023.

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