Ana Cañas relê grandes nomes da MPB em show em BH
Prestes a lançar novo álbum, cantora paulista inaugura nesta sexta-feira (21/3) a edição 2025 do projeto Uma Voz, Um Instrumento
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Siga noA temporada 2025 do projeto Uma Voz, Um Instrumento abre em grande estilo, com a cantora e compositora Ana Cañas apresentando, nesta sexta-feira (21/3), no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas, um show inédito, criado especialmente para a ocasião.
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Como forma de brindar o público mineiro, ela reservou espaço no roteiro para algumas canções do Clube da Esquina. “São músicas que, na maior parte, eu nunca cantei em outros shows”, afirma.
Empunhando seu violão e acompanhada apenas pelo baixo de Fabá Jimenez e a percussão de Douglas Maiochi, ela vai executar também temas de lavra própria, como o recém-lançado single “Derreti”, em que faz dueto com Ney Matogrosso e que prenuncia seu novo álbum, previsto para daqui a duas semanas.
O roteiro do show inclui ainda músicas de Rita Lee, Cazuza e Belchior, a quem a artista dedicou seus últimos trabalhos, a partir de 2021.
A imersão na obra do cantor e compositor cearense rendeu três álbuns (um de estúdio e dois ao vivo), diversos shows pelo país, e a alçou a outro patamar no mercado musical. “Daqui para o resto da minha vida, vou cantar Belchior, reservando espaço no roteiro dos meus shows para pelo menos três canções dele, porque esse projeto foi um grande sucesso, que me deu um retorno muito legal”, diz.
Para um show como o de hoje, que não está ancorado em um álbum específico, ela conta que seleciona o repertório guiada pelo coração. “Não dá para pretender emocionar alguém se a gente não se emociona primeiro, é a lição que eu trago da época em que cantava em bares, 20 anos atrás. Sempre escolho o que me toca, como 'Pais e filhos', da Legião Urbana, por exemplo, ou coisas que fazem parte da minha vida, como 'La vie em rose', de Edith Piaf, que eu ouvia muito minha avó cantar”, comenta.
Milton
Ana Cañas selecionou cinco canções de Milton Nascimento, Lô Borges e companhia. “[O álbum “Clube da Esquina”] É uma coisa preciosa da história da música popular brasileira, mas não costumo cantar muito. Cantei em um show que fiz para a (revista) 'Rolling Stone' em 2022, com o Marcos Suzano, que homenageava Milton, Caetano e Gil, que estavam fazendo 80 anos.”
“São canções que me trazem um sentimento muito próximo do que tenho quando canto Belchior. Tem uma coisa espiritual. A voz do Milton é algo que transcende, que toca esferas que são imateriais, pelo menos para mim, então vou revisitar músicas como 'Clube da Esquina nº 2', que sempre me faz chorar, porque é uma melodia belíssima, um negócio muito forte”, diz.
Ela também fica com a emoção à flor da pele quando fala do fato de ter sido escolhida para abrir o show de Alanis Morissette, no próximo dia 30, em Curitiba. “Receber esse convite representou uma emoção sem igual, que nunca tinha sentido. 'Jagged little pill' (1995) talvez tenha sido o disco que mais ouvi na vida, num momento nevrálgico, que é a adolescência”, afirma.
Batizado como “Vida real”, o novo álbum de inéditas de Ana Cañas chegará às plataformas poucos dias depois de sua apresentação de abertura no show de Alanis Morissette. Fora o título e o single “Derreti”, todo o resto acerca desse novo trabalho está mantido em segredo.
“A gente tem o disco pronto para entregar daqui a duas semanas, com o desejo de que ele chegue e surpreenda o público, então está tudo sob sigilo absoluto, não posso adiantar nada. O que posso dizer é que é o disco que mais me trouxe felicidade na vida e que tem várias participações especiais.”
ANA CAÑAS
A cantora faz show no projeto Uma Voz, Um Instrumento, nesta sexta-feira (21/3), às 20h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). Ingressos esgotados.
Outros shows
>>> “ACÚSTICO DA SEREIONA”
Rachel Reis chega a BH para apresentar, nesta sexta-feira (21/3), às 21h, no Grande Teatro do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro), o show “Acústico da sereiona”.
A artista baiana está encerrando o ciclo do álbum “Meu esquema”, indicado ao Grammy Latino. Com uma formação de violão, congas e clarine, o show inclui músicas do álbum e também novas composições, como os singles “Ensolarada” e “Deixa molhar”, que vão integrar seu próximo trabalho.
Ingressos para a plateia 1 a R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia), plateia 2 a R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) e plateia 3 a R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia), à venda pelo Sympla.
>>> “KADARA”
A cantora e compositora Julia Deodora lança o álbum, “Kadara”, com show gratuito, neste sábado (22/3), às 19h, no Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil (Av. Amazonas, 315, Centro). Segundo a artista, “Kadara” – palavra que em iorubá significa destino – transita, ao longo de 11 faixas, entre ancestralidade, identidade negra e memória.
“Esse álbum é a materialização de um processo de reencontro comigo mesma, com a história das mulheres da minha família e com a minha ancestralidade. Cada música carrega um pouco dessa caminhada”, afirma. A apresentação conta com as participações especiais de Laura Luanda e Elisa de Sena. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do teatro ou pela plataforma Eventim.
>>> PROJETO RUA
O Sambódromo de Contagem (Rua João Gomes Cardoso, 744, Eldorado) recebe, neste domingo (23/3), a estreia do Projeto Rua – Rede Urbana de Arte, que vai oferecer, gratuitamente, uma programação que se estende ao longo de todo o dia, a partir das 11h30.
Entre as principais atrações figuram o rapper Renegado, que está preparando o lançamento de um novo álbum; a banda do bloco Swing Safado, sensação do carnaval de Belo Horizonte, e Mac Julia, uma das principais expoentes do trap.
Quem abre os trabalhos é a sambista Fran Januário, contando com as participações especiais de Letícia Reis e Júlia Guedes. A programação inclui, ainda, o Bloco Batucarte, o sarau U-Manas e as apresentações dos DJs Eddy Alves, Blackoff, Camis e Dia.