Música

Com 43 anos e corpinho de 18, Blitz faz show em BH neste sábado (22/3)

Evandro Mesquita promete hits, canções lado B e muita animação no BeFly Hall. 'A gente tem fãs na cidade desde o primeiro show do primeiro disco', diz ele

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Ela tem 43 anos, corpinho de 18 e está cheia de novidades para cantar. Assim é a Blitz, banda que estourou na década de 1980 e continua na ativa. Neste sábado (22/3) à noite, ela traz ao BeFly Hall, na Savassi, sua “Turnê sem fim”.

A “miscelânea” no palco está garantida, avisa Evandro Mesquita, cantor, compositor, guitarrista e fundador da banda. Rock, pop, funk, reggae, samba, soul e blues, com muita alegria, é o que promete a dona dos hits “Você não soube me amar”, “Weekend” e “A dois passos do paraíso”.

“Vamos cantar nossos maiores sucessos, algumas lado B e mais duas que a gente lançou recentemente com a gravadora Biscoito Fino: 'O lado escuro da rua' e 'Reggae de São Luís', essa última é homenagem à capital do Maranhão”, afirma Evandro.

BH, conta ele, já é velha amiga da banda. “A gente tem fãs na cidade desde o primeiro show do primeiro disco”, diz, referindo-se ao vinil “As aventuras da Blitz”, de 1982.

“Até hoje eles são ativos nas nossas plataformas e sempre comparecem aos shows. Aliás, são fãs que viraram amigos.”

Além de Mesquita, a atual formação tem Billy Forghieri (teclados), Juba (bateria), Rogério Meanda (guitarra), Sara Rosemback (baixo), Andréa Coutinho e Nicole Cyrne (backing vocal).

A baixista da Blitz Sara Rosemback sorri no palco, ao fundo vê-se a plateia do Prime Rock Curitiba
A baixista Sara Rosemback, 'caçula' da Blitz, no show da banda no Prime Rock Curitiba Instagram/reprodução

“Estamos com uma baixista nova muito boa, que encaixou na banda com uma luva. A Sara Rosemback tem apenas 23 anos e toca muito. Acredito que os mineiros vão gostar dela”, anuncia o cantor.

Projetos não faltam à quarentona pioneira do rock oitentista que tem “corpinho de 18”, nas palavras de Evandro. Depois do álbum de inéditas “Supernova” (Biscoito Fino, 2023) e do single dedicado a São Luís, vem aí o disco “Blitz no dos outros”, com releituras de canções de Roberto e Erasmo Carlos, Gilberto Gil, Zé Kéti e Paulo Diniz, entre outros.

Pandemia

Os arranjos foram criados por Evandro e o tecladista Billy Forghieri. “Na pandemia, ficávamos eu, ele e um técnico de som no estúdio. Fizemos todos os arranjos com muito carinho, esperando a hora de mostrá-los”, afirma o cantor.

Também está no forno o álbum “Lado B Blitz”. “Ele traz músicas nossas que não tiveram tanta exposição, mas a gente adora. Por isso fizemos os volumes 1 e 2. Estamos com esse material na gaveta para lançá-lo aos poucos.”

Alegria e irreverência continuam marcas registradas da banda carioca. Porém, Evandro faz questão de ressaltar: “A Blitz tem essa coisa de humor, mas não é uma simples palhaçada. As canções têm letras com visão crítica, além de arranjos super bem trabalhados, com músicos maneiríssimos”.

Ao comentar os 43 anos de estrada e a atual cena musical, o veterano, de 73, diz que o rock está “adormecido” no Brasil. “Tem uma galera boa compondo de maneira legal, mas que não está fazendo rock. Minha filha sempre me apresenta vários nomes. Rubel e os Gilsons têm um lance muito bacana, mas não é mais rock. O último (roqueiro) foi o Charlie Brown”, comenta.

“Tomara que o rock volte logo”, torce Evandro Mesquita. “Essas coisas não morrem, elas adormecem e voltam com força daqui a pouco, na voz de alguém, em uma banda, na sonoridade. Acontece que os dinossauros continuam aí, levando a bandeira. A Blitz sempre teve a mistura de ritmos, mas com a veia central sempre do rock and roll.”

Depois da capital mineira, a “Turnê sem fim” desembarcará em São Paulo e Porto Alegre. “Vamos rodar várias cidades brasileiras”, informa Evandro Mesquita.

Lobão e Fernanda

A origem da banda foi o grupo teatral carioca Asdrúbal Trouxe o Trombone, cuja marca registrada também era a irreverência.

A primeira formação da Blitz reunia Evandro Mesquita, Fernanda Abreu (backing vocal), Marcia Bulcão (backing vocal), Ricardo Barreto (guitarra), Antônio Pedro Fortuna (baixo), Billy Forghieri (teclados) e Lobão (bateria).

Em 1982, o grupo lançou “Você não soube me amar”, que fazia parte da trilha da novela “Sol de verão” (Globo). Estourou, foram vendidas 1 milhão de cópias do compacto com a canção. Logo depois, veio o LP “As aventuras da Blitz”, que bateu 300 mil cópias, chamando a atenção para o BRock que surgia no final da ditadura militar.

Cinema

Evandro Mesquita não quer mais trabalhar em novelas, depois de atuar em “Espelho da vida”, “Rock story”e “Mulheres de areia”, entre outras, além do humorístico “Escolinha do professor Raimundo” (Globo). O plano dele é se dedicar ao cinema.

“Fazer novela é muito chato e a TV está estranha, muito diferente do meu tempo. Sinto saudade do programa 'A grande família', daquele clima meio jazz, ou seja, tinha o texto, mas a gente improvisava e era muito bom.”

No momento, ele planeja transformar em filme o roteiro que escreveu há 10 anos. “Se Deus quiser, esse sonho vai cair na real. Infelizmente, não posso dar spoiler, porque estou quase fechando com uma produtora”, diz.


“TURNÊ SEM FIM”

Show da banda Blitz. Neste sábado (22/3), no BeFly Hall (Avenida Nossa do Carmo, 230, Savassi). A casa abre às 20h. Pista front stage: R$ 320 (inteira) e R$ 160 (meia). Cadeira superior ouro: R$ 300 (inteira) e R$ 150 (meia). Cadeira superior prata: R$ 260 (inteira) e R$ 130 (meia). Vendas on-line na plataforma Sympla.

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