Augusta Barna leva "Na miúda" ao Chico Nunes
Cantora e compositora mineira é a atração deste domingo (30/3), no teatro do Parque Municipal, onde apresenta gratuitamente o repertório de seu segundo álbum
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Siga noA mineira Augusta Barna ainda era pré-adolescente quando se viu como artista. Filha de músico, ela tinha consciência das dificuldades do ofício, mas afirma que “desistir nunca foi uma opção”.
"Trabalhar com cultura requer uma carga emocional muito grande. Eu poderia ser uma artista que escolheu não trabalhar com arte, mas, ainda na adolescência, admiti de peito aberto que era isso que faria na vida", diz.
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Natural de Contagem, a cantora e compositora de 22 anos cresceu ouvindo Tim Maia, Elis Regina, Jorge Ben Jor, Michael Jackson e Amy Winehouse. Com dois álbuns de estúdio lançados – “Sangria desatada” (2023) e “Na miúda” (2024) –, Augusta tem ganhado expressão além de Minas Gerais.
“Com vontade de fazer acontecer”, conforme diz, a mineira acaba de voltar da Europa, tendo feito shows na Itália e na Espanha.
Às 11h deste domingo (30/3), ela apresenta no Teatro Francisco Nunes o show do disco “Na miúda”, que tem 12 faixas.
Formada no curso de teatro do Cefart (Centro de Formação Artística e Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado), Augusta Barna diz que, quando lançou seu primeiro álbum, “Sangria desatada”, aos 19 anos, gostaria de ter atingido um nível maior de interpretação.
"Uma das maiores características do meu trabalho é a 'verdade' que entrego nos shows. No meu primeiro disco, fiquei com a sensação de que poderia ter ido além nesse aspecto. Para 'Na miúda', realizei pesquisas e estudos para entender como poderia evoluir em trabalhos gravados", conta.
Com sonoridade dançante, “Na miúda” não parece ser fruto de um período introspectivo e de autodescoberta da artista, mas é justamente esse o caso.
“Vejo a jornada artística como uma jornada de autoententimento”, diz. “O autoentendimento não é, necessariamente, algo positivo. É um desafio”, comenta.
“Durante o período mais recluso, aprendi muito sobre mim mesma e sobre o convívio com o outro. Isso contribuiu imensamente para o meu processo criativo”, conta.
Apesar de se definir como “observadora” e “reclusa”, Augusta acredita ser fundamental estar em contato com as pessoas para troca de experiências que enriquecem seu fazer artístico. Esse aspecto é destaque em seus shows que, segundo ela, “são uma loucura bonita”.
MÚSICA DE DOMINGO
Show com Augusta Barna, neste domingo (30/3), às 11h, no Teatro Francisco Nunes (Av. Afonso Pena, 1.321, Centro). Entrada franca, mediante retirada de ingressos pelo site Sympla.
*Estagiária sob supervisão da editora Silvana Arantes