Francisco, El Hombre dá novo adeus a Belo Horizonte nesta sexta (4/4)
Banda faz pausa na carreira para que os cinco integrantes invistam em caminhos individuais. Mas isso não significa o fim, diz Mateo Piracés-Ugarte
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Siga noEm junho do ano passado, a banda Francisco, El Hombre se despediu de Belo Horizonte com show n’Autêntica. No entanto, para a alegria dos fãs, a turnê que precede o hiato do grupo, formado em 2013, volta à capital mineira para o adeus definitivo nesta sexta-feira (4/4), às 21h, no Distrital.
“Muita gente não conseguiu ir ao show. Como ainda estamos na estrada, decidimos voltar pela última vez. Estamos fazendo a turnê de despedida mais longa do universo. Realmente, estamos espremendo todo o suco do limão possível”, brinca o vocalista e violonista Mateo Piracés-Ugarte.
Na última passagem pela cidade, a banda cantou músicas do álbum “Hasta el final” (2024). Desta vez, o repertório será diferente. Contemplando a carreira de mais de uma década, a banda destaca em cada cidade as canções que mais dialogam com o público local.
Mateo acena para BH com “Tá com dólar, tá com Deus”, “O tempo é sua morada”, “Batida do amor” (uma das favoritas da cidade, segundo ele) e o single “Despedida”. Apesar da incerteza sobre o repertório completo, uma está garantida: “Arrasta”.
“‘Arrasta’ sempre marcou nossa relação com Belo Horizonte. Quando a gente canta, brincamos com as pessoas para se arrastarem de um lado para o outro. O engraçado é que todas as vezes que tocamos em Belo Horizonte, a galera de imediato pede para a gente cantar ‘arreda’”, diz Mateo, referindo-se à típica expressão do “mineirês”.
Depois de BH, a banda segue para São Paulo, onde finaliza a turnê no Brasil. Em seguida, o grupo continua a despedida na Europa, com shows em Portugal, Reino Unido e Holanda até 30 de abril.
Suor e catarse
Conhecida pelas apresentações cheias de energia, Francisco, El Hombre se propõe a fazer o último show memorável em cada cidade. “É para colocar tudo para fora, para virar criança. A expectativa é fazer todo mundo pingar o máximo de suor e criar a maior catarse coletiva possível, porque vamos sentir muita saudade. É isso que vai definir quando voltaremos”, comenta Mateo.
Os integrantes já têm o futuro traçado para seu período sabático. Sebastián Piracés-Ugarte e Juliana Strassacapa continuarão a investir nas carreiras solo. Helena Papini lançará seu disco ao final da turnê.
Andrei Kozyreff, em parceria com Fernanda Lira, está envolvido em um tributo a Amy Winehouse (1983-2011). Focado na carreira de produtor, Mateo pretende lançar novo álbum quando voltar ao Brasil.
Individualmente, os músicos querem trilhar caminhos que não eram possíveis em grupo. Isso, explica Mateo, não significa desavença ou cansaço, mas oportunidade de aprendizado.
“Nesses últimos anos, sempre encabeçamos nossas vidas a partir do coletivo, era isso que mandava nas vontades individuais. Existem lugares da produção musical que a Francisco, El Hombre não conseguia explorar. E está tudo bem, porque não cabia mesmo, mas poderemos explorá-los agora. A pausa é muito valiosa para descobrirmos a pluralidade. Assim, quando a gente voltar – porque vamos voltar –, será muito mais rico”, promete o artista.
FRANCISCO, EL HOMBRE
Show nesta sexta-feira (4/4), às 21h, no Distrital (Rua Opala, s/nº, Cruzeiro). Ingressos: R$ 120 (inteira) e R$ 70 (meia), à venda na plataforma Shotgun.
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria