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'It: Bem-vindos a Derry' promete política e muito sangue

Série em cartaz na HBO e na HBO Max se passa em 1962, quando menino desaparece em meio ao clima de paranoia causado pela Guerra Fria

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Em 1986, o bicho-papão deixou o aperto embaixo das camas de criancinhas para viver na imensidão do esgoto. É o que sugere “It – A Coisa”, fenômeno literário de Stephen King que chegou às livrarias naquele ano. Na obra, um ser cósmico chega à Terra e incorpora medos humanos. Entre ciclos de hibernação que duram quase três décadas, ele assume a forma do que suas presas mais temem e devora carne humana.

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Ao fazer de Derry, pequena cidade do interior americano, um lar, o bicho traumatiza um grupo de jovens que se vê forçado a enfrentá-lo 27 anos mais tarde.


A revanche contra Pennywise, palhaço que representa a carapuça favorita da criatura, levou um tempo, mas a primeira adaptação do livro veio logo em 1990. O telefilme “Uma obra-prima do medo” fez tanto sucesso que foi reeditado para o cinema.

Mitologia de King

Passando-se antes de “Clube dos Perdedores” e de “It: A coisa”, a empreitada da vez é “It: Bem-vindos a Derry”, série da HBO que explora outro período da mitologia criada por King. A produção parte do desaparecimento de um menino, assim como a história original.

Estamos em 1962. Os bueiros e o sumiço de crianças não são os únicos motivos de horror. Numa época de tensões geopolíticas, na véspera da morte de John F. Kennedy, os duelos invisíveis da Guerra Fria ameaçam se tornar uma batalha nuclear. Temores individuais se misturam à paranoia coletiva e a Coisa aproveita para colocar as metamorfoses em dia.

"Stranger things"

O subtexto se aproxima daquele de “Stranger things”, que segue a luta entre uma jovem com poderes psíquicos e monstros além da imaginação. Os dois lados do confronto resultam de experiências do governo, numa desesperada tentativa de vencer os soviéticos.

Em “Bem-vindos a Derry”, o alvo da vez é Pennywise, papel de Bill Skarsgard. O diretor Andy Muschietti define o palhaço transmorfo como “alarmista”.

“Vivemos numa época em que o alarmismo está no topo de sua produtividade. É o que mantém a metáfora de King relevante”, diz.

“Hoje, muitas estratégias de comunicação usadas pela política buscam provocar medo e ansiedade. Diante de ondas de antissemitismo, islamofobia e ataques armados, precisamos nos distanciar, nos ater aos fatos e restaurar a noção de que somos todos iguais. Não podemos ceder ao medo do outro”, diz a irmã do cineasta, a produtora Barbara Muschietti. Não é a primeira vez que eles se aventuram por Derry.


Em 2017, um ano após a estreia de “Stranger things”, a dupla foi ao topo das bilheterias de terror com o capítulo inicial de sua versão cinematográfica de “It”.

Clube dos Perdedores

Dois anos mais tarde, a aventura adulta do Clube dos Perdedores não foi bem recebida como a anterior, mas a arrecadação foi a quinta maior do cinema de horror.


Às vésperas do final de “Stranger things”, que lança sua última temporada em novembro, a HBO aposta numa espécie de antologia e prevê pelo menos três anos para ela.

A ideia é que cada temporada retroceda 27 anos, situados pelo despertar da Coisa e por seus ciclos de violência. A última, inclusive, aparece em peso em “Bem-Vindos a Derry”.

Logo no primeiro episódio, há crianças esquartejadas e litros de sangue. A decisão pode chocar os mais sensíveis, mas tenta conciliar a tradição da emissora e a inocência dos mais novos.

O equilíbrio é parecido com o que a Netflix vem buscando. Em 2024, o streaming anunciou que os capítulos finais de “Stranger things” serão os primeiros classificados para maiores.

“O ano de 1962 se mostrou excelente cenário para explorar o horror, o drama e a comédia. São esses os três pilares fundamentais da nossa narrativa”, afirma o diretor Andy Muschietti. (Davi Galantier Krasilchik)


“IT: BEM-VINDOS A DERRY”


• Minissérie com seis episódios, disponível na HBO e na HBO Max. Classificação: 18 anos.

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