O queijo produzido na região do Serro avança mais um passo para resguardar a sua originalidade, que é reconhecida há séculos na história do Brasil. Com o apoio do Sebrae Minas, produtores receberão, nesta quinta-feira (7/03), selos que permitem a rastreabilidade do queijo, inibindo possíveis falsificações, e comprovam a procedência e legitimidade do produção artesanal em 10 municípios. A cerimônia será às 18h30, na cidade do Serro.

 

“O reconhecimento que conquistamos ao longo dos anos nos trouxe diferenciais de mercado, porém muitos queijos feitos com leite cru passaram a ser comercializados como se fossem da região do Serro. O selo dará mais segurança ao consumidor, que estará comprando um produto que obedece ao modo de produção indicado pelos critérios estabelecidos pela Apaqs e regularizado junto aos órgãos de verificação”, afirma o presidente da Associação dos Produtores Artesanais de Queijo do Serro (Apaqs), José Ricardo Ozólio.

 



O selo vale para 10 municípios que formam a área delimitada pela Indicação de Procedência (IP), uma das modalidades de Indicação Geográfica (IG). São eles: Alvorada de Minas, Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim, Materlândia, Paulistas, Rio Vermelho, Sabinópolis, Santo Antônio do Itambé, Serra Azul de Minas e Serro.

 

Cada selo possui a marca da região, a identidade da IP - concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), um QR Code e um código numérico, que identificam o produtor e a peça fabricada, e que podem ser consultados no site da Apaqs.


Pequenos produtores

 

O queijo da região do Serro é produzido com leite cru, “pingo” (fermento lácteo natural, obtido por meio da coagulação enzimática do leite), sal e coalho. A maturação feita em pelo menos 17 dias, reunida com as características particulares do território, conferem atributos sensoriais específicos à iguaria produzida por cerca de 800 produtores e agricultores familiares de pequeno porte das 10 cidades da região. Nesta primeira fase, quatro deles passaram por uma avaliação e foram qualificados como aptos a receber o selo. Outros quatro já estão em processo de análise.


O Queijo do Serro é feito com leite cru, pingo, sal e coalho.

Instagram/Reprodução

 

“Os selos valorizam a origem e fortalecem a representatividade do queijo do Serro no mercado, possibilitando o aumento da renda do produtor e, consequentemente, a melhoria da sua qualidade de vida”, explica o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

 

A conquista do selo é um dos resultados do programa ALI Indicações Geográficas (IG), junto com uma série de ações que o Sebrae Minas vem realizando desde 2015 com os produtores de queijo do Serro. O objetivo é promover o desenvolvimento da região por meio da valorização do produto e da melhoria da renda e qualidade de vida dos produtores.

 

“Oferecemos capacitações e orientações gerenciais aos produtores rurais para que alcancem melhores resultados. Além disso, fomentamos novas oportunidades de negócios em toda a cadeia produtiva associada ao queijo, principalmente, nas atividades ligadas ao turismo e à gastronomia”, afirma Marcelo Silva.

 

Aqueles que produzem queijo na região e queiram receber o selo deverão cumprir as normas estabelecidas no Caderno de Especificações Técnicas, além de passarem por visitas de verificação que comprovem que o produtor segue as especificações exigidas.

 

Serviço

Cerimônia de entrega dos selos do queijo do Serro

7 de março, quinta-feira, às 18h30

Auditório da Escola Municipal Infantil Irmã Carvalho

Rua Ladeira da Matriz, 100, Centro, Serro/MG

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