Embora sejam contextos diferentes, Belo Horizonte vive um boom de relançamento de marcas que ajudaram a construir a sua cena gastronômica. Visionários e antigos donos que enxergaram um novo modelo para resgatar a reputação de casas que deixaram saudade e, certamente, não perderam o frescor, o apelo e têm força para reencontrar os fãs do passado, reconquistá-los e oxigenar os negócios, alcançando novos públicos.




Relançar marcas que tiveram importância na memória do público e, por diferentes motivos, acabaram encerrando suas atuações no mercado, é empolgante e desafiador. Tanto para gestores quanto para clientes – esses lidando com a afetividade e a expectativa. O principal nesse modelo de negócio é manter a coluna dorsal da antiga marca, a força da identidade, a história e apresentar uma cultura criativa para implementá-la no contexto atual, trazendo-as de volta para o futuro, para o agora. Esse é o equilíbrio perfeito e a sacada do restaurateur Vitor Velloso, que, ainda sem muito barulho, no boca a boca dos fãs, presenteia BH com a volta do Nimbos, desde dezembro de 2023.


Quem não se lembra? A hamburgueria e coquetelaria foi fundada em 2017 pelo chef Luli Moreira, que criou o icônico Shablei, hambúrguer com requeijão de corte, cebola caramelizada, bacon e rúcula, tendo com a assistência de Max Faustino os coquetéis mais famosos da cidade na época. O sonho de seguir em frente foi interrompido pela pandemia da COVID-19, em 2020. De portas fechadas, só a cozinha funcionava. O empreendimento não se sustentou com o delivery e encerrou as atividades.


Como o mundo dá voltas, em conversa com um amigo, Vitor e a mulher, a empresária Camila Ribeiro, dois apaixonados por hambúrguer, souberam que o Nimbos ia fechar as portas definitivamente.

“Sabíamos do Nimbos, da fama, escutávamos que era o melhor hambúrguer da cidade, mas nunca tínhamos experimentado. Com a notícia do encerramento, íamos sair para jantar, mas mudamos o plano e fomos até a porta e pedimos um hambúrguer. Na primeira mordida dentro do carro, falamos: ‘é esse’. Casou com a ideia de querer ter em BH uma hamburgueria. Na verdade, em São Paulo, onde moramos, você tropeça e cai em uma hamburgueria e sentíamos essa carência em BH. Aqui, você tropeça e cai num boteco, jiló, torresmo, muito bem representados. Mas queríamos uma cidade mais cosmopolita e pensamos em uma hamburgueria com serviço de coquetéis”, revela Vitor, já no comando do bar Pirex e do restaurante Pacato.


Daí nasceu a sociedade com o chef Luli Moreira, o fundador. Só que a versão repaginada transformou o Nimbos em um “bar de calçada”, com “cerveja, hambúrguer, copo lagoinha, coquetéis e pratos coletivos”, como destaca Vitor Velloso. 


“Como a parte interna é pequena, fomos para a calçada, que é plana e perfeita, demos outra iluminação, temos música e, junto com a Botânica Urbana, nossa vizinha, entramos para o projeto da prefeitura 'Adote o verde', revitalizamos uma praça próxima, que estava abandonada, e demos outra cara para esse cantinho”, descreve. A decoração, com destaque para a cor rosa, chama a atenção no Nimbos do futuro.


“Acredito que várias casas de hambúrgueres não deram certo em BH porque adotaram um modelo paulistano, com azulejos e fotos de hambúrguer na parede, ou mesmo americano. Aí você come o hambúrguer e faz o que, vai embora? O belo-horizontino é botequeiro, quer conversar, então, mantemos o Nimbos descolado, com essa força do DNA da cidade dos botecos. Tem laser na copa da árvore, mesa na calçada, música de qualidade. Outro ponto é que sempre há um desequilíbrio entre quem consome cerveja e coquetel, um gap grande. Então, reduzimos o teor alcoólico do coquetel para quem prefere coquetéis acompanhar quem é da cerveja de garrafa”, diz, revelando outra sacada.

 

Porções para compartilhar

 

 

Nesse retorno, o cardápio do bar Nimbos tem porções para compartilhar, como as fritas com cebola caramelizada, requeijão de corte, bacon e rúcula, ingredientes do famoso Shablei

Victor Schwaner/Divulgação

 


Sobre o público do Nimbos, Vitor destaca: “É interessante e temos observado muitas pessoas ligadas a belas artes, cinema, música, uma presença de pessoas da cultura, mas as portas estão abertas para quem gosta de comida boa. Hambúrguer é a cara de programa de família, assim como da galera do boteco, perfil do Pirex, e daqueles que buscam paladar gastronômico, como no Pacato. Todos são bem-vindos”.
Quanto ao cardápio, além do icônico Shablei, que está lá, outra ideia foi permitir e incentivar a inclusão de porções, pratos que Vitor chama de coletivos.


“Entre as criações, agora temos a frita especial, por exemplo, com os mesmos ingredientes do Shablei sobre a batata, para ser saboreada em um prato por todos na mesa. Do Pacato, trouxemos a coxinha de porco e do Pirex, o risole de milho. São as casas interagindo.”


E, sim, tem receitas novas. Surpresas como hambúrguer usando leite japonês e outro, Oklahoma, que, em referência ao meio oeste americano, faz a cebola chapeada junto com o hambúrguer.


Para quem está descobrindo o Nimbos agora e ficou curioso com o nome, saiba que é uma referência a nimbus, que significa chuva, nuvem de tempestade, mas a grafia com a letra “o”, Nimbos, tem a ver com nuvem da garoa, “é passar a atmosfera de um lugar de abrigo, acolhimento, aconchego”, enfatiza Vitor. É só chegar para descobrir as novidades e experimentar.

 

Som eclético

 

O publicit�¡rio Eduardo Crocco deu vida nova ao bar Cannibals, que retorna com uma proposta cultural, recebendo exposi�§�µes, mas sem abandonar a "boa m�ºsica"

Marcos Vieira /EM/D.A Press
 


BH é a capital dos bares. Do “copo sujo” ao “gastropub” do “boteco alternativo” ao “undergrorund”. São várias as identidades, não só no estilo, como nos cardápios e na clientela. A rica história da boemia belo-horizontina coleciona memórias e muitos espaços têm sido resgatados. Revivem, não por saudosismo, talvez certa nostalgia, mas seguramente pela força da cultura da noite na capital mineira, ávida, não só pelo novo, como também por assinaturas já consagradas.


É o caso do Cannibals Bar, do publicitário Eduardo Crocco, que, em pouco tempo de portas abertas, entre 1990 e 1991, fez tanto sucesso que formou uma geração. Agora, de volta na Avenida Carandaí, chega com a força da marca e proposta que bebe, sim, na fonte, mas traz frescor: bar com viés cultural, música, exposição e shows.


A inspiração para o nome, sugestão da namorada de Eduardo na época, veio da banda britânica Fine Young Cannibals. “Me formei em publicidade e um amigo me chamou para abrir um bar, porque sempre gostei da noite, conhecia todo o circuito de BH nos anos 1980 e 1990. Encarei. Um bar simples, um pouco underground, forte no som diverso e eclético, com jazz, blues e rock. Tinha shows, uma pista de dança estilo 'inferninho', era um lugar de encontrar, numa época em que BH tinha carência desse estilo de espaço. Por lá aparecia de punk ao cliente engravatado de terno e sem problema.”

Além de música boa e galera diversificada, o Cannibals Bar era famoso pelo pão de queijo: “Sim, meu sócio fazia e não tinha uma receita certa, que seguia sempre. Então, um dia o pão de queijo saía pequeno e, no outro, do tamanho de prato. Era recheado com frango, queijo, bacon. E tinham os drinques com nomes inspirados em cidades africanas, que abandonamos agora”, lembra.

A ideia é conquistar o paladar com petiscos simples e tradicionais, como filé com fritas, anéis de cebola e costelinha ao molho barbecue com mandioca, drinques e cerveja. No futuro, Eduardo quer expandir o cardápio, com drinques sem complicação, como Margarita. Por enquanto, faz sucesso o velho “capeta”, com vodca ou pinga, guaraná em pó, limão, mel e gelo. Um energético natural.

 

Lugar de encontros

 

A volta, em agosto do ano passado, foi uma decisão simples. Eduardo não encontrava um espaço para conversar, ouvir música de qualidade, ter os amigos por perto e conhecer outras pessoas.


“Até pensei em mudar o nome, mas gosto de Cannibals. Então, mudei o conceito. O Cannibals Bar 2024 é inspirado na Semana de Arte Moderna, de 1922, no movimento antropofágico, com referências ao manifesto e com a proposta de ser um bar cultural. Hoje, até abrimos para exposição de jovens artistas da cidade, sempre preservando a boa música. Desculpa, mas você não vai encontrar por aqui sertanejo e axé, mas uma diversidade impressionante de boa música. Assim, tenho construído o renascimento do bar”.

 

Costelinha ao molho barbecue com mandioca: a ideia do Cannibals é conquistar o paladar com petiscos simples e tradicionais

Marcos Vieira /EM/D.A Press


A identidade do Cannibals permanece na música e Eduardo inova ao exibir vídeos, cenas de filmes, como “Embalos de sábado à noite” e “Kill Bill”, com a música tema das películas, além de imagens de Fred Astaire a John Travolta. E sonzeira do quilate de The Strokes, Arctic Monkeys, Cássia Eller, David Bowie, Pixies...

“Sempre gostei de sair. No momento, a Obra é o ambiente que mais se encaixa no meu perfil, mas queria um bar para sentar, conversar, reunir com os amigos, e é o que está ocorrendo com o Cannibals agora, revigorado, com pessoas novas frequentando. É um ambiente de encontro, a localização é perfeita, um quarteirão tranquilo, sem carro, mesas dentro e na calçada, shows bacanas, muitas ideias na cabeça. Garimpei muito e tudo está acontecendo aos poucos, como uma colcha de retalhos.”


A divulgação, por enquanto, “tem sido amadora, mas é intencional, quero experimentar, chegar ao público do início e estou pronto para a galera nova que vier. Os antigos, confesso, chegam aos poucos, meio resistentes, mas fico feliz com o reencontro. Sei que perderam o hábito, faltam bares neste estilo por aqui e, na verdade, seria legal termos um circuito para os não tão mais jovens assim, mas no modelo do Cannibals”.

 

Balada democrática

 

Se você é da noite, seguramente, em algum momento já ouviu ou disse que as baladas da cena LBGTQIA+ são as melhores, imperdíveis e que um dia precisa conferir, se jogar. Têm a fama de que são as melhores para dançar, pela animação da pista e pela diversão garantida e, dificilmente, ocorre alguma violência, briga. É badala para exorcizar.

 

Na contramão da busca por ambientes abertos, no pós-pandemia, Denise Martins, do Andaluz, aposta no subsolo: "É a cara do underground"

Marcos Vieira /EM/D.A Press


No fim da década de 1990, exatamente em 1999, nascia o Andaluz, na Rua Congonhas, Bairro Santo Antônio, Região Centro-Sul da capital. A casa se tornou um selo de qualidade da noite de BH, era balada, lounge, café e restaurante gourmet, mas foi fechada pela proprietária, Denise Martins, em 2017, diante da especulação imobiliária da área, que pôs fim à rua que era sinônimo de entretenimento na região.

O ponto foi vendido, ela tentou levar a casa para a Rua Leopoldina, com o nome Anda, mas só sobreviveu por dois anos. Logo teve a pandemia e Denise saiu do mercado. E olha que não lhe falta know-how, já que ela esteve à frente de outros empreendimentos da cidade, como Factory e Mykonos.

“Depois de um tempo longe, senti que era hora de voltar. Em setembro de 2023, com a cara e a coragem, coloquei o Andaluz de pé novamente, agora, no Santa Tereza, um bairro sinônimo da boemia, com identidade de diversão e também com custos menores, porque tudo está muito caro.”

Agora, na Rua Mármore, Denise realiza o sonho de velhos conhecidos e clientes saudosos, além de, claro, chegar com ar renovado e pronta para criar novas lembranças e conquistar clientela mais diversa, sem abrir mão da identidade.

“O Andaluz retorna, não só para quem já conhecia a casa, a galera mais antiga, mas se reapresenta como um espaço para todos, não tem mais guetos, é todo mundo junto e misturado. O público LGBTQIA+, os alternativos, além da house music, o pessoal do forró e do pagode, do pop e do funk. A balada mais democrática que pode ser.”

 

Comida de boteco

 

O bar Andaluz tem mesas e cadeiras para descansar da pista de dança e pedir tira-gostos, entre eles mandioca com torresmo, no melhor estilo comida de boteco

Marcos Vieira /EM/D.A Press
 

O Andaluz do Santa Tereza tem bar, lounge, pista, mesa de sinuca e, a partir deste mês, restaurante com pratos “de comida gostosa, simples assim, sem cardápio fixo”. O bar terá mesas e cadeiras para a galera descansar da pista de dança e pedir “tira-gostos tradicionais, como filé com fritas, mandioca, torresmo, estilo comida de boteco”.

Denise gosta de arriscar e não tem medo de desbravar caminhos: “O diferencial do Andaluz agora, e estou indo na contramão, é o subsolo. Depois da pandemia, o boom é de ambientes ao ar livre, lugares abertos, mas o subsolo é envolvente, com iluminação de LED, é aconchegante, enfim, tem um clima próprio, que combina com a casa, com as pessoas que buscam o lugar. É a cara do underground.”

Depois de seis meses, ela enfatiza que a batalha é desafiadora, mas aposta suas fichas. Tem feito parceria com produtores locais e investido na diversidade, abriu para ensaios do carnaval, abraçando outros estilos musicais e público. “Percebo o resgate do meu público, a chegada de novos clientes, quem vem para conhecer e se encanta com o espaço e comprovo a cada dia a força do Andaluz”.

 

História cativante

 

 

Fundadora da Doce Docê, Thereza Cristina se emociona ao ouvir as histórias de clientes que guardam deliciosas lembranças da antiga loja

Túlio Santos/EM/D.A Press

 

A Doce Docê está na memória afetiva gastronômica de milhares de fãs. A confeitaria conquistou gerações desde o início, em 1973, até meados da década de 1990, sendo referência em doces, tortas e salgados finos preparados com tradicionais receitas caseiras. Thereza Cristina, a fundadora da rede, além dos dotes culinários e visão de negócio, conquistava a todos também com sua empatia e o jeito cativante de lidar com os clientes.


Depois de um hiato, o empreendimento voltou, em outubro de 2017, repaginado, com a presença de Thereza, mas sob o comando de Adriana Lima e André Wolff. Não mais na Avenida Afonso Pena, mas no Bairro Vila da Serra, em Nova Lima.

“Quando encerrei a Doce Docê, me senti abandonada. Foi muito difícil. E a principal causa foi lidar com os planos econômicos errados do governo, um desastre, não só para mim, mas para milhões de brasileiros. Tive de fechar a loja e foi como se tivesse sido despojada do que eu gostava, de um sonho, do que lutei, trabalhei, investi. Vi o sucesso e, de repente, me foi retirado”, lembra Thereza.

Desencantada, ela acreditava que a Doce Docê finalizaria assim a sua história. Não teria um retorno. Mas o destino tinha outros planos: “Não ia retomar. Passei um bom tempo longe de Belo Horizonte. Viajei muito, ficava entre Espírito Santo e Tiradentes. Me apaixonei pela cidade histórica e morei por lá 17 anos. Não imaginava deixá-la. No entanto, meu marido, companheiro de toda a vida, 54 anos juntos, teve câncer e voltamos para BH.”

De volta à capital, Thereza teve de se reinventar: “Meus filhos perceberam que eu estava, como diziam, ‘pra baixo’, triste. Souberam que uns amigos queriam abrir um negócio, propuseram a Doce Docê, eles se encantaram e foram conversar comigo. Achei a ideia luminosa, decidi voltar, mas com uma condição inegociável: tinham de aprender tudo comigo e não poderiam mudar uma grama do que eu dissesse que tinha de ser. Não iria abrir mão disso. E também que jamais poderiam esquecer que o sucesso estava atrelado à qualidade do que entregavam.”

O pacto com Adriana e André foi concretizado e, hoje, a Doce Docê conquista outras gerações com a famosa e carro-chefe coxinha de frango com catupiri, um deleite. “Fiquei feliz porque eles entenderam e o que mais me emocionou é que senti que os fregueses estavam aguardando a volta da Doce Docê. Até hoje, quando vou à loja, falam comigo, de maneira simpática, gostosa, contam histórias e fico comovida com as lembranças. Para uns, a lembrança está na coxinha, para outros no brigadeiro ou na torta de nozes.”

Durante a reportagem, um encontro inesperado comprovou toda essa relação. Ao ser fotografada para a matéria, Thereza conheceu a advogada Pollyanna Kühl Bicalho, de 46 anos, que foi até a Doce Docê para lanchar e a presenteou com mais uma história que a faz tão feliz: já são quatro gerações comendo a famosa coxinha.

 

Além dos salgados, a torta de nozes marcou o paladar de quem frequentava a confeitaria entre as décadas de 1970 e 1990

Túlio Santos/EM/D.A Press

“A Doce Docê na Avenida Afonso Pena faz parte da minha memória do lanche de domingo, depois do culto, quando ia com meus pais, Wilton e Mirtis, meus irmãos, Rafael e Thiago, e na companhia da vovó Belinha (Florisbela). Lembro do suco de laranja preparado na hora, da coxinha de frango com catupiri quentinha. Também não me esqueço das cortinas vermelhas com listras, lembrança bem viva.”


Agora, com escritório no Vila da Serra, ela está sempre por lá, na companhia dos três filhos. Samantha, de 28 anos, que adora a empada de camarão; Gabriel, de 12, que sempre pede a coxinha; e Sophia, de 8, que é do doce e adora o brigadeiro. Além da paixão pela coxinha, Pollyanna conta que “o quindim também é delicioso, é o meu doce favorito”.

Pollyanna saiu do encontro com dona Thereza emocionada, já que se lembrou da avó e sentiu saudade. “Chegando em casa, encontrei meu pai e revivemos aqueles momentos. O incrível é que, ao provar a coxinha, anos depois, ela tem o mesmo sabor, tive a mesma memória, a lembrança intacta, de pedir, esperar até ela chegar bem quentinha. Fiquei feliz que o retorno e saber que permaneceu nas mesmas mãos, mantendo a identidade. Foi um encontro marcante”, conta.

O ponto mudou, mas Thereza garante que os sabores continuam inesquecíveis ao paladar. “Mudança é bem-vinda, os tempos são outros, precisávamos de um lugar mais confortável para receber nossos clientes, com facilidade de estacionar. Começamos tudo de novo. O que asseguro é que a identidade da Doce Docê ninguém muda. Temos de evoluir, mas preservar a identidade, temos uma história que cativa acho tudo muito poético”.

 

Bares do passado

 

Alguns bares fizeram bastante sucesso, com legião de frequentadores e, agora, só estão nas lembranças e conversas em volta da mesa de outros botecos e bares por BH. Qual era o seu point? Puxe da memória os nomes e faça a lista dos que você gostaria que voltassem do passado.

  1.  Lulu: antiga casa do escritor Guimarães Rosa e cenário do filme “O menino maluquinho”, na Rua Leopoldina com Congonhas, Santo Antônio, era ponto de encontro da boemia, com cerveja e petisco
  2. Pastel de Angu: era um bar itinerante que, na Rua Lignito, Santa Efigênia, ficou marcado pela música e, claro, o pastel de angu com diversos recheios
  3. Savassinuca: na Avenida do Contorno, próxima da esquina com a Getúlio Vargas, funcionava 24 horas e era um lugar da saideira, da última cerveja, que se destacava pela mesa de sinuca
  4. Trincheira: na Rua Rio Grande do Norte, entre Antônio de Albuquerque e Contorno, tinha como destaques a trilha sonora de rock alternativo e a cerveja
  5. Amarelim Savassi: na Rua Antônio de Albuquerque com Paraíba, era famoso por passar jogos de futebol e servir churrasco
  6. Arcângelo: na varanda do Maletta, pioneiro da nova fase de reocupação cultural do edifício no Centro de BH, virou referência no circuito alternativo pela música e pela variedade de drinques
  7. Yo-yô: na Rua Paraíba, esquina com Cristóvão Colombo, de dia era uma “mercearia japonesa” e à noite, um bar com música e petiscos típicos
  8. Pelicano: na Avenida Augusto de Lima, ao lado da entrada do Maletta, recebia escritores como Murilo Rubião e era famoso pelo chope, mas na hora do almoço a moela e a rabada faziam sucesso
  9. Incapazes do Nirvana: na Avenida Brasil, entre Rio Grande do Norte e Carandaí, era reduto dos alternativos, punks e góticos
  10. Pelejando: na Rua Cristina com Leopoldina, Santo Antônio, era conhecido por encontro de jornalistas, arquitetos, publicitários e, claro, cerveja e tira-gosto

 

Serviço

  • Nimbos
    Rua Sergipe, 629, Savassi
    @nimbosbar
  • Cannibals Bar
    Avenida Carandaí, 761, Funcionários
    @cannibals.bar
  • Andaluz
    Rua Mármore, 644, Santa Tereza
    (31) 99184-2429
    @andaluzbh
  • Doce Docê
    Rua Ministro Orozimbo Nonato, 215 – loja 04, Vila da Serra, Nova Lima
    (31) 98853-7973
    @docedocebh
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