Em BH, que é a capital dos bares, existe boteco para todos os gostos. Ou pelo menos quase. Isso porque nenhum estabelecimento da cidade tem um estabelecimento reconhecido com uma estrela Michelin, guia turístico que elege os melhores restaurantes do mundo.

 

Pela primeira vez, um boteco conseguiu o feito. O estabelecimento fica no bairro de San Rafael, na Cidade do México, em uma rua cheia de barracas de quinquilharias.

A Taquería El Califa de León é um dos 16 restaurantes mexicanos que estão no guia com uma estrela Michelin. Os outros 15 são estabelecimentos sofisticados, especializados em frutos do mar. Com apenas nove metros quadrados, a taqueria tem espaço no balcão para menos de 10 pessoas, apertadas. As filas contornam o quarteirão. O tempo entre o pedido do cliente e os tacos ficar pronto é em torno de cinco minutos e o cliente então pode experimentar a delícia. 

 




 

O tradicional prato mexicano é feito em uma grelha bem quente, com uma tortilha de milho dobrada, recheada com uma carne macia, temperada com sal e um pouco de limão. O taco é servido com molho verde ou vermelho. O taco Gaonera, chamariz da casa, citado como “excepcional” pelo Guia Michelin, foi criado pelo fundador da taquería, Juan Hernández González, em homenagem ao toureiro Rodolfo Gaona. “Esta taqueria pode ser simples, com espaço suficiente para um punhado de clientes ficarem no balcão, mas sua criação, o taco Gaonera, é excepcional. O filé de carne em fatias finas é habilmente preparado na hora, temperado apenas com sal e um pouco de limão. Ao mesmo tempo, um segundo cozinheiro prepara ao lado as excelentes tortilhas de milho. A combinação resultante é elementar e pura”, destacou o guia.

 

A taqueria existe desde 1968 e, há 32 anos, é comandado pelo chef Jacinto Rodriguez. Ele declarou ao jornal The New York Times que o reconhecimento é a prova de que alimentos simples podem ser extraordinários quando preparados com amor e ingredientes de qualidade. “Os alimentos não precisam ser sofisticados para se destacarem”, disse, ressaltando que os clientes comem “em pé, cotovelo com cotovelo com outras pessoas e com uma lata de refrigerante na mão”. 


Os 10 funcionários envolvidos na produção dos pratos dizem estar em choque, mas muito felizes. “Nunca acreditei que nosso humilde estabelecimento pudesse obter esta distinção. Acho que merecemos isso por nossa longa história de ótimo serviço e boa comida, especialmente por inovar e mudar a cena do taco na cidade”, disse o chef. Mas, para os clientes, o reconhecimento demorou para aparecer.

 

 

Os tacos do El Califa de León custam entre 53 a 82 pesos mexicanos, ou entre R$ 16 e R$ 25 cada um, e só podem ser comprados em dinheiro. Turistas do mundo inteiro agora colocam o local em suas programações turísticas.

Para você, qual bar de BH merece o reconhecimento do Guia Michelin?

 

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