Aberto há três semanas, no Edifício Central, bem na Praça da Estação, o Trem da Central chegou ao mercado pelas mãos dos sócios Normando Campos, Flávia Paiva e Vinícius Caiafa. Os dois primeiros vieram do antigo pub da cervejaria Uaimií, no Bairro Sion. Veteranos no ramo, eles se juntaram ao amigo Vinícius – vindo de grandes projetos musicais, como o Ô Sorte – e que, agora, embarcou nesse “trem” da gastronomia.

 




Normando conta que a ideia da estufa nasceu levando em conta todo um contexto, como a região e a ideia de abrir um boteco tradicional e criar um clima de bar antigo, com agilidade para servir “gostosuras de maneira rápida, prática e prontas para comer. Decidimos abraçar o terroir local, que tem história, incrustada ali há anos”.

 

A estufa do Trem da Central não tem cardápio fixo, então, a cada dia, o cliente pode encontrar um prato diferente

Lucas Pires Campos/Divulgação


Para o sócio, esse é um nicho para quem busca curtição de maneira despretensiosa e rápida: “Querem um bar rápido, atendimento agilizado e a estufa caiu bem com essa perspectiva”.

 


Com pratos 100% de estufa, o cardápio do Trem da Central é todo produzido por Vicente Ramos, que, pela primeira vez na carreira, assume uma cozinha como essa. E ele quer deixar sua marca ao apostar em delícias como carne de panela, moela, torresmo de barriga, linguiça artesanal e sanduíche de pernil.

 

Sem cardápio fixo


O chef e os três sócios fizeram testes e definiram como particularidade do bar certa quantidade de porções por dia. Ou seja, não vai ter reposição. Acabou, acabou! “Não temos um cardápio fixo. Trabalhamos com comida de boteco, de estufa, então, todos os dias, o cliente pode encontrar algo diferente produzido pelo chef”, destaca Normando.

 

Almôndega: um dos clássicos que ficam expostos na vitrine do Trem da Central

Lucas Pires Campos/Divulgação


A proposta, enfatiza Normando, é não ficar preso ao cardápio e que ele seja variado. Pode mudar de uma semana para outra, o que também é uma facilidade e dá liberdade para criar. Entre as bebidas do Trem da Central, chopes da Uaimií, drinques da marca A Equilibrista e o gim Jam da Verace.


Normando, aliás, assume que é um apreciador da comida de estufa, sozinho ou na companhia da sua turma. E na sua lembrança está a diversão em botecos mais simples, saboreando “almôndega com molho, um clássico, que o Trem da Central também tem”.

 

Tudo fácil e rápido


Com a percepção de uma nova onda, Normando explica que a tendência agora é a “constante atualização” e este estilo de bar com estufa preenche uma “proposta de entretenimento em BH focada na experiência com música, sinuca, DJ ao vivo, a facilidade de tudo e com velocidade de serviço e atendimento e até mesmo um preço padronizado, o mesmo valor para porção, chope e drinque, por exemplo. Tudo fácil, ágil e rápido. Temos de ser dinâmicos. Pressa no viver e no curtir”, enfatiza.

 


O Trem da Central terá programação, ainda em planejamento, como “a segunda-feira dos artistas”, a “terça-feira do stand-up comedy” e a “sexta da balada”, com todo mundo curtindo a varanda. Quarta já é o dia de chorinho.

 

Nova ocupação


O Edifício Central está atraindo bares de diversos perfis, conceitos e cozinhas. Com isso, vemos um movimento similar ao que ocorreu com o Mercado Novo e com a Praça Raul Soares: as pessoas redescobrindo esses lugares e trazendo o turismo e a gastronomia de volta para eles. A expectativa é de que isso tome conta da Praça da Estação, Avenida Afonso Pena e a Rua Sapucaí, espaços que têm projetos de revitalização do poder público.


Serviço

Trem da Central (@tremdacentralbh)
Avenida dos Andradas, 367, 2° andar, lojas 302, 304 e 306, Centro

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