O boom da gastronomia fez a busca por conhecimento na área explodir na mesma medida. Basta observar o crescimento da oferta e da procura por cursos superiores, como mostra a matéria a seguir. Sempre atento às movimentações do mercado, o Estado de Minas vem ampliando sua cobertura ao longo dos anos e, nesta segunda-feira, reforça as páginas gastronômicas com a estreia de um time de quatro colunistas, que, a cada semana, vão trazer novos ângulos de assuntos em volta da mesa e da cozinha.

 




Com 96 anos de história, o EM é um dos poucos jornais do país com cadernos que tratam exclusivamente sobre o tema gastronomia. Publicado pela primeira vez em 3 de julho de 2011, o Degusta (que hoje circula às sextas) virou referência para quem quer conhecer as histórias de chefs e cozinheiros, descobrir novidades e aprender receitas de vários lugares de Minas Gerais, do Brasil e do mundo.


Em 25 de setembro de 2023, com a reformulação do projeto gráfico, as segundas também passaram a ser dias de ler sobre comida e bebida, com o caderno Gastronomia.


Agora a cobertura gastronômica do EM ganha mais um reforço com a chegada de um time de quatro novos colunistas. Um chef, uma historiadora, um empresário da coquetelaria e uma jornalista. Cada um com uma relação diferente com o ato de comer e beber, mas, em comum, existe a vontade de colocar em pauta assuntos que enriquecem as discussões e as reflexões sobre a gastronomia, movimentam o mercado e entregam conhecimento para os leitores. Tudo isso com uma escrita saborosa, capaz de abrir o apetite e ampliar os horizontes.

 


A cada semana, um dos nomes convidados para fazer parte do projeto fará sua estreia. Nesta segunda, é a vez do chef Renato Quintino, que fará a ponte entre gastronomia, arte e cultura com a coluna “Comida, diversão e arte”. Formado em filosofia e artes plásticas, ele sempre leu sobre gastronomia e frequentou restaurantes, mas não se imaginava cozinheiro. “Um dia, vi a foto de uma torta de maçã numa revista e resolvi fazer. Ficou maravilhosa. Percebi que sabia cozinhar e nunca mais parei.”


Mais tarde, Renato se encontrou como professor e dá aulas desde 1997 no Espaço Renato Quintino. Também atua como consultor, escritor (é autor do livro “A invasão dos incas venusianos – Receitas de todos os mundos” e guia em viagens internacionais focadas em gastronomia e vinhos.


Carolina Figueira se junta ao time com sua visão de historiadora que estuda a cultura da alimentação e o gosto alimentar. “Demorei muito para entender que a comida era o meu interesse principal, afinal de contas, a alimentação está presente no nosso cotidiano de maneira tão natural que não me dava conta de que seria uma perspectiva de compreensão do mundo”, comenta a autora da nova coluna “História à mesa”.

 


Atualmente, Carolina é professora do curso superior de gastronomia do Senac Belo Horizonte, faz doutorado em história pela Universidade de Évora, em Portugal, e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e desenvolve projetos e pesquisas.

 

No balcão


O universo da coquetelaria ganha espaço fixo no caderno com a coluna “Papo de balcão”, de Túlio D’angelo. Advogado e empresário, com experiência na administração pública, ele deu uma guinada na carreira. “Sempre notívago e apreciador de sabores, comida, receitas e coquetéis, vi a necessidade de adaptar minha caminhada profissional ao meu estilo de vida. Queria fazer os outros sorrirem. Depois, o balcão se tornou um vício.”


Muito pela dificuldade de encontrar um bom Martini na cidade, ele entendeu que precisava revisitar o passado e resgatar a história. Por isso, é um grande defensor dos coquetéis clássicos. Túlio está à frente do Bar Palito e do Chopp Bolacha. É também o curador da Galeria São Vicente, na Praça Raul Soares, Centro de BH.

 

 

A jornalista Celina Aquino completa o time de colunistas. Há 16 anos no EM, sendo nove deles dedicados à cobertura gastronômica, ela visita bares e restaurantes em busca de novidades, entrevista chefs nacionais e internacionais, é jurada de concursos e tem uma paixão especial por aquilo que vem no fim das refeições: a sobremesa. Com esse novo projeto, viu a oportunidade de criar uma coluna especializada em confeitaria, dando o devido valor à área e aos profissionais envolvidos.


“A confeitaria é uma arte que mexe com os nossos sentidos. Ao mesmo tempo em que envolve técnicas muito precisas, entrega uma beleza que impressiona. E, no fim, ainda coloca açúcar na nossa boca, que tem o efeito imediato de prazer e alegria”, destaca a jornalista, que passa a assinar mensalmente a coluna “Aceito um doce”.


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