No Brasil, o dia 13 de setembro é marcado por uma celebração especial: o Dia da Cachaça. A data homenageia uma das bebidas mais tradicionais e simbólicas da cultura brasileira, consumida há séculos e conhecida por sua importância histórica, cultural e econômica. Mas como exatamente surgiu essa data? 


 


 

José Lúcio Mendes, fundador da feira Expocachaça, responde a questão: "Tudo começou a partir do momento em que a cachaça teve o seu processo produtivo aprimorado e começou a atrair novos consumidores, passando a ter importância econômica no Brasil Colônia em competição com os vinhos importados de Portugal, que tiveram uma grande queda em seu consumo. A bebida antes não era taxada, mas gerou conflitos de interesse que acabaram por obrigar a Coroa Portuguesa, em 1649, por meio da Carta Real, a proibir venda de aguardente em todo o país". 

 

 

Essa proibição tinha duas exceções: não se aplicava a Pernambuco e o uso da bebida ficava restrito à população escrava, não sendo permitida a venda, apenas a produção para consumo próprio.

 

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José continua: “Devido à pressão da Companhia Geral de Comércio, a venda foi liberada com a introdução de um novo imposto. Isso causou uma grande revolta nos senhores de engenho e membros da Câmara do Rio de Janeiro, que se reuniram e enviaram ao governador uma lista de reivindicações que não foram acatadas, deflagrando a Revolta da Cachaça em 1661”.


 

Dessa forma, em 13 de setembro de 1661, por decorrência da Revolta da Cachaça, o Rei Dom Afonso VI, sob a Regência da Rainha Dona Luísa de Gusmão, suprimiu a proibição, considerada inoperante e ineficaz.

 

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Com o passar do tempo, a cachaça foi conquistando ascensão aos diversos níveis sociais, tendo tido um papel importante no período pré-independência, quando era patriotismo não beber produtos vindos de Portugal. Em 1789, durante o movimento da Conjuração Mineira, os intelectuais, sacerdotes e militares envolvidos tomavam a cachaça como símbolo da democracia e do nacionalismo.

 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino

 

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