Minas Gerais é um estado famoso por sua culinária e um dos produtos mais icônicos que todo turista deseja levar de lembrança é o queijo mineiro. Mas muitos viajantes se deparam com dúvidas ao tentar transportá-lo em viagens, seja de carro ou até mesmo de avião. Assim, confira as principais dicas para garantir um transporte eficiente do produto.

 



 

Guilherme Vieira, proprietário da loja Roça Capital, no Mercado Central de BH, explica o que fazer se você estiver planejando voltar para casa com um queijo mineiro na mala: "Todos os queijos podem ser transportados, desde que sejam refrigerados. Os de massa semi dura e dura são resistentes a viagens mais longas e mais curtas até sem refrigeração". Para os cremosos, é recomendado que o transporte seja em uma bolsa térmica com gelo ou que, nas paradas entre uma viagem e outra, sejam armazenados na geladeira.

 

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“Exemplo: eu viajei e levei queijos cremosos e frescos para uma viagem de 1500km de 16 horas e meia. Parei na metade e coloquei na geladeira. Levei na bolsa térmica e chegou tudo certinho”. Guilherme esclarece que cremosos, em geral, vão chegar com um odor forte, o que é normal, e o recomendado é resfriá-lo para que volte ao padrão.

 

 

Caso a viagem dure muitas horas na estrada e o viajante não tenha como armazenar o queijo, como a bolsa térmica, o ideal é comprar o tipo de massa dura (parmesão, por exemplo) ou semi dura (como o canastra), porque o cremoso tem uma chance alta de chegar estragado. Se for possível, faça uma parada e coloque o alimento em alguma geladeira. A dica é também colocar na geladeira do local de destino antes de consumir. Nessa situação, o cremoso também pode ser transportado.

 

Guilherme Vieira dá dicas de como transportar queijos

RoçaCapital/Divulgação

 

“Dentro do carro, o ideal é deixar longe do sol, no lugar mais fresco possível. Se for parar, opte por parar na sombra, de preferência com o ar condicionado ligado”. Vieira também dá uma dica: “Quando for comprar queijo cremoso, peça o mais fresco”. Isso porque ele tem menos soro, o líquido que escorre do alimento.

 

E em avião?

De acordo com a empresa Azul Linhas Aéreas, em voos nacionais é permitido levar alimentos na mala de mão e na bagagem despachada, desde que o viajante siga algumas regras:

 

  • Alimentos não industrializados podem ser transportados, desde que a quantidade não indique comércio.
  • Produtos artesanais podem ser levados na bagagem de mão sem a necessidade de nota fiscal ou lacre de fábrica.
  • É permitido levar até 10kg de alimentos congelados/perecíveis por pessoa. Isso inclui frutas, vegetais, carne, aves, plantas e flores, frescos ou congelados.
  • Bagagens despachadas com produtos perecíveis podem ser recusadas se não atenderem às regras.

 

 

Já em voos internacionais, ainda segundo a companhia aérea, não é recomendável levar alimentos na bagagem de mão ou despachada. Essa restrição não é imposta pela empresa, mas pela autoridade local no destino, que pode impedir a entrada de alimentos e exigir o descarte caso não cumpram as normas sanitárias vigentes.

 

Caso tenha que levar algum alimento na mala, fique atento a algumas regras:

  • Bagagem despachada: é permitido transportar produtos fechados industrialmente, desde que contenham rótulo e descrição do produto.
  • Bagagem de mão: é permitido transportar alimentos orgânicos, desde que não sejam líquidos, em frascos maiores de 100ml ou gel/creme acima 90 gramas. No entanto, ao chegar ao destino, as autoridades podem descartar itens que não sigam as normas sanitárias.


Sempre na geladeira 

 

Pensando no armazenamento do queijo, Guilherme Vieira, da Roça Capital, afirma que o segredo é controlar sua umidade e temperatura: “Todos os queijos precisam de estabilidade (temperatura, umidade e troca de ar) e o melhor lugar que conseguimos em nossa casa geralmente é na geladeira. Para consumir, é só tirar uns minutos antes para, assim, ganhar textura e aroma”, garante.

 

Queijos frescos e cremosos: devem ser armazenados na embalagem original ou em papel manteiga dentro da geladeira entre 5 e 7 graus.

 

 

Queijos de massa semi dura e dura: guarde dentro de uma vasilha plástica com tampa (forrada com um pano de prato seco para que ele absorva a umidade caso haja), na geladeira, para reter a umidade dentro do recipiente. O plástico filme é uma opção, porém, por ser micro poroso, ele faz com que o queijo resseque e fique duro.

 

Queijo minas artesanal (como o canastra): pode ser armazenado fora da geladeira (até atingir o ponto de maturação desejado) em local fresco e arejado, sobre uma tábua de madeira tampado em uma queijeira, para evitar insetos e controlar a umidade para que ele não seque ou desidrate rapidamente. Dessa forma, ele vai maturando dia a dia, perdendo sua umidade, ganhando textura e intensificando o sabor. É essencial virar o queijo de dois em dois dias, caso escolha armazenar fora da geladeira. Também vale verificar se não está se desenvolvendo nenhum mofo indesejável. 

 

Lembre-se: os queijos de massa mole, em geral, devem ser mantidos sob refrigeração.

 

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SERVIÇO

Roça Capital (@rocacapital)

Avenida Augusto de Lima, 744 - loja 268 - Centro

(31) 3789-8669

Mais informações no site


*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino

 

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