Concebido como um projeto de intercâmbio entre Cidades Criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), o projeto Bares com Alma surge para localizar, reconhecer e homenagear 30 bares que ajudaram a construir a identidade de Belo Horizonte, destacando a autenticidade e relevância histórica da capital. Nesta quinta-feira (14/11), a partir das 10h, haverá uma programação por conversas entre especialistas nacionais e internacionais no Cine Santa Tereza. 




 

O projeto é uma parceria da Belotur com o Sebrae Minas. Na primeira fase, foi criada uma base de dados com 112 estabelecimentos de Belo Horizonte, selecionados por uma comissão composta por representantes do poder público, instituições do setor, jornalistas e personalidades da cultura boêmia da cidade. A seguir, realizou-se uma análise qualitativa do banco de dados, que resultou na pré-seleção de bares.

 

A seleção foi feita por um comitê de 60 membros da sociedade civil de diferentes regiões da cidade. Um grupo de curadores composto por jornalistas, pesquisadores e lideranças comunitárias definiu os 30 bares escolhidos com base em critérios como tempo de existência e relevância na comunidade. O processo incluiu entrevistas e levantamento de arquivos históricos para registro e divulgação. 

 

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Uma série de ações será mapeada e proposta para estimular a visitação e a sustentabilidade destes guardiões da cultura boêmia da capital mineira, criando condições para que esses bares prosperem e sigam sendo reconhecidos por moradores e turistas. A ação também tem o objetivo de valorizar e perpetuar o patrimônio material e imaterial presente nestes locais, assim como destacar a oferta gastronômica da cidade.


Feijão branco com dobradinha do Bar da Cida

Marcus Vinícius/Divulgação

 

"Reconhecida como capital nacional dos bares, BH comemora, em 2024, cinco anos em que a cidade foi agraciada com o título de Cidade Criativa da Gastronomia pela Unesco devido ao potencial e à referência nesse segmento. É uma conquista importante que valoriza todo o histórico, a cultura e as boas práticas da capital em sua culinária inovadora", destaca Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas. 


 

Para ele, o Bares com Alma é mais uma ação que visa dar visibilidade ao legado dos bares que, há várias décadas, enriquecem a Belo Horizonte com uma diversidade de sabores e aromas singulares, enaltecendo a tradição mineira. "Essa iniciativa não apenas valoriza a experiência e a troca cultural nesses espaços, mas também ajuda a promover a gastronomia como uma força essencial para o desenvolvimento econômico e sustentável”, diz.

 

 

Mas o que é um Bar com Alma?

 

"Bares com Alma" são bares tradicionais que possuem elementos singulares que os tornam relevantes para suas comunidades e territórios da capital mineira, reconhecidos como locais de diferencial histórico, gastronômico e cultural para a cidade, oferecendo aos seus visitantes experiências únicas e memoráveis.

 

Saiba quais são os bares participantes

 

  • Antônio e Marcão Bar (Vera Cruz)

  • Bar Biluia (Glória)

  • Bar da Cida (Floramar)

  • Bar da Lora (Mercado Central)

  • Bar do Baiano (Pompéia)

  • Bar do Cacá / Samba do Cacá (Vila São Paulo)

  • Bar do Caixote (São Geraldo)

  • Bar do Careca (Cachoeirinha)

  • Bar do Daniel (Lagoinha)

  • Bar do Júnior (Castelo)

  • Bar do Nonô - O Rei do Mocotó (Centro)

  • Bar do Orlando (Santa Tereza)

  • Bar do Tatu (Barreiro)

  • Bar do Toninho (Serra)

  • Bar do Valle (Carmo)

  • Bar do Zezé (Barreiro)

  • Bar e Leiteria Casa Branca (Pompéia)

  • Bar Geraldin da Cida (Grajaú)

  • Bar Opção ou Del Rangos Bar (Caiçaras)

  • Bar Zé Luiz (Mercado Novo)

  • Bola Bar (Padre Eustáquio)

  • Bolão Santa Tereza (Santa Tereza)

  • Café Palhares (Centro)

  • Cantina do Lucas (Centro)

  • Katanga (Nova Floresta)

  • Mercearia e Bar Zé Correia (Santa Cruz)

  • Mercearia Pérola do Atlântico (Pompéia)

  • Mercearia Zé Totó (Parque Riachuelo)

  • Taberna Baltazar (Serra)

  • Tonel da Pinga (Funcionários)

 

Entre os 30 bares, o Bar do Careca se destaca pelo ambiente típico de boteco

Marcus Vinícius/Divulgação

 

Esses estabelecimentos contêm uma ou mais referências representativas de Belo Horizonte, tanto em relação à localização, - contemplando também áreas descentralizadas - quanto em relação à história, valorizando elementos materiais e imateriais. Também foram analisadas as pessoas que estão por trás desses estabelecimentos, garantindo uma curadoria que seja diversa e representativa da população do município. 

 

 

O projeto terá uma programação nesta quinta-feira (14/11) composta por conversas entre especialistas nacionais e internacionais, que vão abordar temáticas relacionadas ao patrimônio, autenticidade, turismo e economia criativa que perpassam questões levantadas no decorrer do evento.

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VEJA A PROGRAMAÇÃO

Local: Cine Santa Tereza - Rua Estrela do Sul, 89 - Santa Tereza

Quinta-feira, 14/11

10h - Abertura

10h15 - Conhecer Lisboa pelas suas Lojas - Sofia Pereira (Lojas com História).

11h - Dialogando com o passado para imaginar o futuro: o papel da iniciativa privada na recuperação de imóveis históricos - Facundo Guerra (Shaking the Bar).

11h45 - Mesa redonda - Mediação: Rafael Quick (Oficina Paraíso).


15h - Os bares da nossa cidade: experiências, imaginário coletivo e identidade - Georgia Caetano (Doutora em Administração e Marketing), Vitor Velloso (Pirex) e Flávia Baltazar (Taberna Baltazar). Mediação: João Rocha (Oficina Paraíso).

16h - De trás pra frente do balcão: mulheres no território do bar - Iva Murta (Bar da Iva), Eliza Fonseca (Bar da Lora) e Samira Lyrio (Nada Contra). Mediação: Lorena Martins (Fogo Alto).

17h - Cultura Alimentar afro-brasileira e a comida dos bares - Paty Durães (Pesquisadora de Culturas Alimentares) e Patrick Sthefano (Guia Saracutiar). Mediação: Fatini Forbeck (Aquilombar).

18h - Encerramento

 

Os ingressos são disponibilizados parcialmente de forma on-line, com uma cota reservada para distribuição na bilheteria do cinema, 30 minutos antes da sessão.

 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Celina Aquino

 

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