O desembargador Rogério Medeiros (foto), da Quinta Câmara Cível do TJMG, é aficionado pela literatura. Quando não está às voltas com o tecnicismo e a hermenêutica das legislações, ele tem à frente um bom livro. Nas horas vagas é comum encontrá-lo com uma brochura nas mãos, muitas das vezes em espanhol. "Adoro Gabriel Garcia Marques, o Gabo", justificou, fascinado com o mundo mágico e fantástico do escritor colombiano, ícone na América Latina. Suas preferências são clássicas: Pedro Nava (memorialista), Carlos Drummond de Andrade (poesia), Machado de Assis (romance) e Eça de Queiroz (europeu). "O Vermelho e o Negro", de Stendhal (1783-1842), é livro paparicado.
Medeiros cultua invejável biblioteca, com cerca de 4 mil volumes, em uma sala no velho edifício Maleta, no centro de Belo Horizonte. Naquele local, domestica as letras, arquiteta ideias, embala sonhos e utopias, na sua outra versão, a de intelectual, longe das barras do tribunal, embora essa não se dissocie de sua existência. A ponto de, recentemente, lançar com ótima aceitação uma obra com sua assinatura: "Redes Sociais em Prosa e Verso". As novas tecnologias passadas a limpo, explicou, na sua visão.
Por força de laços familiares, constantemente o desembargador viaja a São João Del Rei ou João Pessoa, na Paraíba. "Minha mãe, Laís Medeiros Garcia de Lima tem sua raiz naquele estado nordestino", completou. "Mens sana in corpore sano", frase do poeta romano Juvenal, traduz bem o seu modo de vida, garantiu: "Faço exercícios físicos, esteira, bicicleta". Nos finais de semana não dispensa a cervejinha no Minas Tênis Clube. Colaborador de várias revistas culturais, Medeiros integra o Instituto Histórico e Geográfico de MG. Em junho, ele assumirá o cargo de terceiro vice-presidente do TJMG.