Jorge Berg de Mendonça com Papa Francisco -  (crédito: arquivo pessoal)

Jorge Berg de Mendonça com Papa Francisco

crédito: arquivo pessoal

O desembargador do TRT da 3ª Região Jorge Berg de Mendonça partilha vida singela, possui hábitos simples e trata suas amizades como tesouros. Trocar palmos de prosa, sem olhar os ponteiros do relógio, com os vários amigos nas diversas áreas (artísticas, musicais, futebolísticas, poetas, escritores, políticos trabalhadores, empresários e empreendedores) é um seu prazer imensurável. Por isso, não refuga um brinde à vida, em suas múltiplas nuances. Pode ser na leitura de um texto teológico ou mesmo filosófico. A batida do tamborim, do surdo e do pandeiro seduzem-no a ponto de, vez ou outra, se arriscar na letra de um sambinha. É de sua autoria, a título de ilustração, a composição da música de carnaval que saudou a Confraria do Vinho, da qual faz parte.

 

O magistrado cultua na religião o seu sentido mais literal, ou seja, o de re-ligar alma e coração ao uni-verso (união da diversidade). Ele acredita em reencarnação e vida extraterrestre, reverencia o Papa Francisco "por sua prática vivencial" e se espelha em Dom Luciano Mendes de Almeida. "Tenho certeza de que não há acaso, então não consigo me ver praticante de uma religião específica, mas tento me re-ligar a todo instante com o Divino", justificou.

 

O desembargador ainda guarda na memória os dias difíceis de confinamento e o após epidemia de COVID-19 no país. "Nos impôs e nos impõe reflexões e adaptação em todas as vertentes vivenciais e, principalmente, para aquelas ligadas ao conviver e viver com as pessoas. O "julgar", ação presente em todos os seres viventes, passa por uma transformação enorme a partir do momento em que estamos diante de uma ruptura e questionamentos mais céleres acerca de valores éticos, morais, culturais e religiosos. Neste contexto, exige-se do magistrado, além de uma percepção equidistante das paixões a dominar tais debates, um senso de equilíbrio social para que não se pratiquem violência contra os direitos humanos e garantias individuais", destacou.

 

Não fugindo do papel imposto no exercício do Estado-Juiz, acrescentou, o magistrado deve desempenhar na sociedade um papel agregador e de responsável pela paz social, razão pela qual sua participação em atividades sociais faz com que possa julgar mais próximo da realidade vivenciada pelo cidadão e sem implicar nessas ações "quebra" da independência de seu mister jurisdicional. E concluiu: "Eis aí a importância de se manter vida social próxima e consentânea com a realidade da população, com dizeres simples, sem encastelamento de cargo e com facilidade de acesso aos clamores dos mais sedentos de justiça". Jorge Berg é formado pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora, pós-graduado em Direito do Trabalho e Previdenciário pela Faculdade Estácio de Sá, adido cultural do consulado do Grão-Ducado de Luxemburgo em MG e ES, voluntário de várias instituições beneficentes e conselheiro benemérito e membro do conselho de ética e social do Clube Atlético Mineiro.