Uma criança de oito anos foi vítima de racismo na Escola Municipal Doutor Adhemar Rezende de Andrade, no Bairro São Pedro, em Juiz de Fora.

O caso aconteceu na terça-feira (14), véspera do feriado de Proclamação da República. A professora do 3º ano do Ensino Fundamental teria dito ao menino que o cabelo black era ‘feio’ e que ele deveria prendê-lo, e durante o recreio, a mesma teria o amarrado à força, sem o consentimento da criança. 

Após o feriado, os pais da criança foram até a escola para conversar sobre o assunto. No entanto, a vice-diretora remarcou a reunião com a presença da professora para a sexta-feira (17). Ao retornarem à escola, não tiveram acesso à professora. Os pais registraram boletim de ocorrência e também acionaram o Conselho Tutelar.

 



Em nota enviada ao Estado de Minas, a Secretaria da Educação de Juiz de Fora afirmou que assim que tomaram conhecimento do ocorrido, foi iniciada a apuração do incidente: 

“A Secretaria de Educação repudia veementemente qualquer prática de racismo e adota como política pedagógica um trabalho contínuo de conteúdo antirracista, intensificado e fortalecido pela constituição em 2023 do NUPRER ( Núcleo Permanente de Relações Étnico Raciais). Concluída a apuração da situação denunciada, serão tomadas as providências cabíveis”. 

Segundo pesquisa da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (IPEC), contratada pelo Projeto SETA e pelo Instituto de Referência Negra Peregum, o ambiente escolar é onde mais se sofre violência racial no Brasil. Entre as 2 mil pessoas que foram ouvidas, 38% relataram ter sofrido racismo na escola/faculdade/universidade.

 

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