Minas Gerais registrou um pico no número de casamentos homoafetivos (casais do mesmo sexo) em 2022, enquanto casamentos entre pessoas de sexos diferentes apresentou uma queda. É o que mostra um relatório divulgado pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (27/3).

Os números são históricos: 2022 foi o ano que mais registrou casamentos entre cônjuges do mesmo sexo desde 2013, quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou uma resolução que impede que cartórios brasileiros se recusem a converter uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo em casamentos ou a celebrá-los. No total, foram 1.118 registros somente em Minas Gerais, sendo 57,2% deles entre cônjuges femininas.



O único ano em que foi registrada uma queda no número desses casamentos foi em 2020, primeiro ano de pandemia. Casamentos heteroafetivos também sofreram com o impacto da pandemia, mas ambos voltaram a aumentar em 2021: houve um aumento de 35,2% de registros e uma estabilidade em 2022, quando comparado ao ano anterior.

No estado, foram registrados 104.985 casamentos em 2022, dos quais 103.867 (98,9%) foram entre cônjuges de sexos diferentes e 1.118 (1,1%), entre pessoas de mesmo sexo – sendo 479 entre homens e 639 entre mulheres.

Comparando com as médias de 2015 a 2019 – período que antecedeu a pandemia da COVID-19 –, nota-se que os casamentos entre pessoas de sexos diferentes apresentaram queda de 5,7% em 2022. Já os casamentos entre cônjuges masculinos aumentaram 92,1% (média de 249,4 aumentou para 479) e aqueles entre cônjuges femininas cresceram 109,8% (média de 304,6 aumentou para 639) no mesmo comparativo.

Em relação apenas a 2021 – quando foram registrados 815 –, o aumento entre casamentos homoafetivos foi de 37,2%.

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