Neste Dia da África (25/5), Belo Horizonte também recebeu um evento que marca importante avanço em pautas interseccionais na cidade: a primeira edição da Parada Negra LGBTQIA+. O evento, organizado pelo coletivo Rede Afro LGBT MG, teve como tema “Do Erê ao Ancestral – Pela Vida das Juventudes Negras” e ocupou o centro com orgulho e com luta pelos direitos civis e pela diversidade.

 

“É um evento de grande glória e alegria para nós, porque mostra que está na hora de celebrarmos a nossa ancestralidade, a nossa diversidade e a nossa luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Nunca estive em um evento como esse, que representasse tanto pessoas como eu, negras e LGBTQIAPN+, e que pluralizasse tantas outras pessoas a partir das questões da identidade e do sentimento”, conta Marcos Andrógino, de 23 anos, artista nas plataformas digitais.

 

Túlio Santos/EM/D.A Press - BH recebeu a primeira edição da Parada Negra LGBTQIA+. O tema do evento foi "Do Erê ao Ancestral - Pela Vida das Juventudes Negras"
Túlio Santos/EM/D.A Press - BH recebeu a primeira edição da Parada Negra LGBTQIA+. O tema do evento foi "Do Erê ao Ancestral - Pela Vida das Juventudes Negras"
Túlio Santos/EM/D.A Press - BH recebeu a primeira edição da Parada Negra LGBTQIA+. O tema do evento foi "Do Erê ao Ancestral - Pela Vida das Juventudes Negras"
Túlio Santos/EM/D.A Press - BH recebeu a primeira edição da Parada Negra LGBTQIA+. O tema do evento foi "Do Erê ao Ancestral - Pela Vida das Juventudes Negras"
Túlio Santos/EM/D.A Press - BH recebeu a primeira edição da Parada Negra LGBTQIA+. O tema do evento foi "Do Erê ao Ancestral - Pela Vida das Juventudes Negras"
Túlio Santos/EM/D.A Press - BH recebeu a primeira edição da Parada Negra LGBTQIA+. O tema do evento foi "Do Erê ao Ancestral - Pela Vida das Juventudes Negras"
Túlio Santos/EM/D.A Press - BH recebeu a primeira edição da Parada Negra LGBTQIA+. O tema do evento foi "Do Erê ao Ancestral - Pela Vida das Juventudes Negras"

 



Com o intuito de resgatar o movimento negro e LGBTQIA+ na cidade, a Parada evidencia figuras que foram historicamente silenciadas – como Soraya Menezes e Carlos Magno –, além de procurar divulgar e discutir as políticas públicas do município voltadas para este grupo.

 

Os organizadores do evento, Vanessa Alecrim e Thiago Santos, compartilham a empolgação para o evento. "Estamos entusiasmados em trazer a Parada Negra LGBTQIA+ para a cidade e em contribuir para a visibilidade e representatividade da comunidade negra e LGBT na cidade". Eles acreditam que a iniciativa é fundamental para promover o diálogo e a inclusão, além de fortalecer a luta pelos direitos civis de todas as pessoas.

 

O ato também contou com apresentações de blocos de carnaval como Angola Janga, Samba da Meia Noite, Abalô-caxi e Magia Negra, grupos de dança, drag queens, DJs, além de discursos pautados na comunidade LGBTQIA+ de forma racializada.

 

Histórico

Com o tema "Do Erê ao Ancestral", Parada Negra LGBT conta com diversas atrações

Túlio Santos/EM/D.A Press

A Parada também é inspirada no movimento "Black Pride", que teve início em 25 de maio de 1991, nos Estados Unidos. Apesar de ser a primeira edição realizada na capital mineira, a Parada Negra já está no calendário da população LGBT de outras cidades do Brasil, como São Paulo e João Pessoa.

 

Aruanã de Oliveira, coordenador da rede Afro LGBT e do Movimento Brasil Popular, conta que esta não é a primeira vez em que uma parada negra na capital mineira foi idealizada, mas edições anteriores não tiveram êxito, mas destaca a importância de personalidades negras LGBTQIA+ na cidade. “A história do movimento LGBT também foi construída por mãos negras”, reforça ele.

 

A iniciativa não tem apoio de nenhum edital ou emenda para sua realização, no entanto, a Rede Afro LGBT mineira conta com apoio institucional do Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual e Identidade de Gênero de Minas Gerais (Cellos-MG), Sindicato dos Bancários, Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais (CRP-MG) e a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE).

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