O CCBB Educativo, por meio do projeto “Territórios e Saberes”, se une à exposição “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira” e oferecerá atividades gratuitas para contar as memórias da população negra escondidas das “histórias oficiais”. Com o objetivo de mostrar a sua importância para a identidade nacional, e também belo-horizontina, a iniciativa tem como premissa a construção de um diálogo em prol da democracia cultural.
“A aproximação e investigação de temas sociais e culturais afro-brasileiros são um eixo
ético de ação. A cultura e a educação, sobretudo em um centro cultural, têm o poder de desafiar preconceitos e promover a diversidade”, destaca Daniela Chindler, coordenadora geral do CCBB Educativo.
“Ao convidar artistas, pesquisadores e agentes culturais que trazem outras narrativas sociais para a reconstrução e valorização de culturas menorizadas, como a afro-brasileira e indígena, estamos expondo as injustiças históricas, mas não só. Estamos também celebrando a riqueza e a diversidade dos saberes ancestrais que foram sistematicamente marginalizados”, ressalta o coordenador do CCBB Educativo, Danilo Filho.
“Por meio dessas narrativas, promovemos uma educação mais inclusiva e plural, que reconhece a importância da diversidade, desconstrói estereótipos, fomentando uma sociedade mais justa e igualitária”, complementa ele.
Por dentro da história negra de BH
Pensando sobre a construção de Belo Horizonte e o apagamento da história da população negra que vivia na cidade, os novos “Laboratório de Práticas Criativas” e “Espaço e Suportes Sensoriais” lançam foco sobre como a temática afeta diretamente a população, pensando nos territórios e memórias ligadas à capital mineira.
Danilo Filho conta que, como a exposição “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira” já faz o trabalho de remexer nas narrativas oficiais, o “Laboratório de Práticas Criativas – Memória Estampada” usará como mote a nova concepção da bandeira de Belo Horizonte, desenvolvida em 2023, e propõe um resgate da história não contada e da presença de populações quilombolas nas regiões centrais do antigo Arraial do Curral Del Rei.
Já o “Espaço e Suportes Sensoriais - Se Lembre de Mim Aqui” busca questionar quais foram as narrativas apagadas da história oficial da construção de Belo Horizonte, retomando fatos sobre a memória da população negra na capital mineira que marca os anos anteriores à sua construção e que foram soterrados pelo concreto.
Bate-papo sobre letramento racial
O CCBB Educativo – Territórios e Saberes realizará um bate-papo gratuito neste sábado (8/6) que abordará a importância do letramento racial como um conjunto de ações que ajudam na desconstrução de formas racistas de pensar. A atividade é destinada a educadores e público em geral e contará com a presença da professora e escritora Lorena Barbosa.
Durante a conversa, Barbosa vai partilhar pesquisas que conectam a literatura, a história e a sociologia para pensar o papel da educação na construção de indivíduos antirracistas. São informações que mostram como se deu a construção da sociedade brasileira e que instigam o combate ao desrespeito e ao preconceito que ameaçam a existência de um grupo populacional.
Para participar, é necessário fazer uma inscrição prévia por um formulário.
Serviço
CCBB Belo Horizonte
Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários, Belo Horizonte – MG
Funcionamento: Quarta a segunda, das 10h às 22h.
Telefone: (31) 3431-9400
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