Uma corretora de imóveis mineira será indenizada em R$ 7 mil. A profissional foi vítima de homofobia em seu ambiente de trabalho. Provas revelaram que as agressões verbais de cunho homofóbico eram ditas pelo sócio da empresa em que a corretora trabalhava. A Justiça do Trabalho mineira condenou a imobiliária a pagar a indenização alegando danos morais.


O juiz e relator do caso entendeu que a mulher teve sua dignidade ferida “A autora foi humilhada, tendo sua dignidade aviltada, motivo pelo qual faz jus à indenização por danos morais”, ressaltou o magistrado.

 




Uma testemunha ouvida pelo tribunal contou ter presenciado situações constrangedoras, “de conversa, brincadeira, piada, do chefe com a autora, várias vezes, falando sobre a homossexualidade dela”. 

 

 


 

A testemunha relatou ainda mais ofensas ditas pelo sócio, segundo ela, o homem disse "ela só é sapatão porque não conheceu um homem" e "que ele poderia ter mudado isso". Segundo a pessoa ouvida, os comentários eram feitos de forma frequente e em qualquer lugar, “no meio dos corretores, sala de café, até mesmo sem a presença da trabalhadora, internamente, nas salas”. Além disso, a profissional teria se mostrado insatisfeita e reclamado que “não gostava, que isso era chato". 

 


Outra testemunha ouvida confirmou as denúncias. “Um dia, no momento do café, todo mundo presente, ele lhe disse que ela só era homossexual porque não tinha conhecido um homem como ele; que, se tivesse conhecido, talvez ela teria outra percepção”, detalha. 

 


A testemunha ressaltou que as ofensas eram feitas com frequência.


O valor de R$ 7 mil foi definido e o caso foi analisado com base no dano moral causado à corretora de imóveis. A sentença foi definida pelo juízo da Vara do Trabalho de Pará de Minas e confirmada pelos julgadores da Quinta Turma do TRT de Minas.

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