Recife foi uma das quatro capitais brasileiras que já recebeu a Parada do Orgulho PCD -  (crédito: @asuhfarias - @maquina3/ Divulgação Parada do Orgulho PCD BR)

Recife foi uma das quatro capitais brasileiras que já recebeu a Parada do Orgulho PCD

crédito: @asuhfarias - @maquina3/ Divulgação Parada do Orgulho PCD BR

Belo Horizonte irá receber sua primeira edição da Parada do Orgulho da Pessoa com Deficiência (PCD) no dia 28 deste mês. O evento tem como objetivo celebrar, promover a visibilidade e defender os direitos das pessoas com deficiência e irá contar com diversas performances artísticas. A Parada vai acontecer na Praça da Savassi, a partir da 10 horas.

 


O evento, organizado pela instituição Parada do Orgulho PCD BR em parceria com organizações e movimentos sociais locais, já ocorreu em outras quatro capitais brasileiras: São Paulo, Brasília, Recife e Salvador. Ainda em 2024, irá ocupar as ruas da cidade do Rio de Janeiro, em novembro, e de São Paulo mais uma vez. 


”Desde a realização da Primeira Parada PcD do Brasil em setembro do ano passado, na cidade de São Paulo, ficou muito evidente a importância da expansão e realização desse movimento em outras cidades do país. E esse sentimento só cresce e se fortalece com a revolução da Parada em cada local ocupado. É simplesmente incrível compactuar com a energia e o engajamento das pessoas na celebração das existências e potências dos corpos com deficiência”, diz Marcelo Zig, um dos fundadores do evento.

 

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O mineiro Pedro Avelar também é um dos co-fundadores da Parada PCD — assim como Julia Piccolomini e Weverton Fonseca — e acredita que o evento é uma forma de fortalecer o senso de comunidade entre as pessoas com deficiência. Ele diz que estão altas as expectativas para a Parada, que reúne temas essenciais como cultura e saúde inclusivas. 


“Uma cidade que não é de todos, não é de ninguém. Precisamos construir uma sociedade justa, acessível e inclusiva”, diz a belo-horizontina e PCD Aline Castro, também cientista e fundadora das iniciativas “Mais que Rampa” e “AcessibiliBAR”. 


“Minha expectativa é que a gente consiga reunir a maior quantidade de pessoas com deficiência e também pessoas que não têm deficiência mas que estão dispostas a celebrar a diversidade, reivindicar o respeito e fazer parte dessa luta”, diz Aline, que também é colaboradora da parada.


Atrações

Além das performances artísticas, Pedro Avelar conta que a parada terá atividades de lazer, um desfile de moda inclusiva e práticas esportivas em parceria com Associação Paradesportiva e Esportiva de Belo Horizonte (APEBH).


Artistas locais e PCDs irão protagonizar as apresentações artísticas na parada. Uma delas é a drag queen Olívia Olí, que será a Mestre de Cerimônias da Parada PCD de BH. “Como Drag Queen, levar meu corpo diferente e político é algo muito valioso. Poder estar entre tantas pessoas que vivenciam as mesmas dificuldades e barreiras que a sociedade ainda insiste em colocar em nosso caminho é um privilégio. Que essa primeira Parada do Orgulho PCD seja a primeira de muitas", diz a drag. 


O evento também contará com apresentação da bateria da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), a Apaetucada. 


Seminário


Como parte da programação da Parada PCD, ocorrerá um seminário, seguido de uma sessão solene em prol dos direitos das pessoas com deficiência na Câmara Municipal de Belo Horizonte, no dia 30 de julho. 


“Teremos debates em relação às temáticas de direitos das pessoas com deficiência, acessibilidade e inclusão. Vamos também homenagear PCDs e associações que estão presentes na luta anticapacitista em BH”, diz o cofundador Pedro Avelar. 


*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice