Belo Horizonte irá receber a 4ª edição do Concurso Miss Trans na próxima terça-feira (30/7). O objetivo do evento é mostrar a beleza das mulheres trans, que na maioria das vezes são estigmatizadas. 


Para Evellyn Loren, idealizadora do Miss Trans em BH, o concurso é uma maneira de as candidatas terem um momento de beleza e mostrarem que são muito mais do que os estigmas associados a elas.

 

“Mulheres trans são julgadas e marginalizadas pela sociedade, vistas somente pela prostituição. Quando falamos de pessoas trans ou travestis, só imaginamos que elas sejam prostitutas ou cabeleireiras”, diz ela, que também é presidenta do Coletivo TRANSviva e do Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Contagem (Cellos).

 




Evellyn acredita que o evento mostra como mulheres trans podem ser, fazer e estar onde quiserem. “É um momento de inclusão para todas nós. Vai se aproximando do concurso e não é mais uma disputa, é a realização de um sonho para cada uma de nós. É muito especial”, diz Monik Alves, uma das participantes. 

 

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Ao todo nove candidatas, de variados municípios mineiros, irão disputar o título de Miss Trans BH. “Conseguimos misturar a beleza das mulheres trans, mostrar que a beleza não é padrão”, diz a idealizadora.

 

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Serão dois desfiles, um com traje de banho e outro com traje de gala. Os jurados terão a missão de avaliar postura e elegância, maquiagem e cabelo, charme e passarela. Além do título de Miss Trans BH, o público presente irá poder eleger a Miss Júri Popular e, entre elas, as candidatas poderão escolher a Miss Simpatia. 


Este ano será a primeira vez que o concurso irá acontecer em um teatro. Anteriormente, as edições ocorriam em casas de festas ou boates. Evellyn celebra essa novidade, uma vez que em teatros não há restrição de idade e mais pessoas poderão ir. 


O evento também terá apresentações artísticas, como performances musicais e show de drags queen. A entrada custa R$ 20. O concurso irá acontecer às 19h no Teatro Nossa Senhora das Dores, 77, na Avenida Francisco Sales, Bairro Floresta, Região Centro-Sul da capital.


Conheça as candidatas

Monik Alves

Monik Alves é belo-horizontina e tem 30 anos. Essa será sua segunda participação no concurso. Ela conta que quer o título para representar mulheres trans, pretas e periféricas, e mostrar que se ela chegou ali, outras também podem chegar.

Esta será a segunda participação de Monik no concurso

Acervo pessoal

 

Paula Rodrigues 

Paula Rodrigues tem 43 anos, é natural do Norte de Minas e moradora de BH há mais de 12 anos. Para ela, o concurso será para trazer visibilidade e mostrar a força que as mulheres trans têm. “Temos que ocupar todos os lugares”, diz.

"Temos que ocupar todos os lugares", diz Paula

Acervo pessoal

 

Thaysa Abalone 

Thaysa Abalone tem 27 anos, é de Governador Valadares e mora em BH. Para ela, o concurso é uma forma de trazer visibilidade, principalmente para meninas trans que estão em situação de rua e vulnerabilidade. 

Para Thaysa, o concurso é uma forma de trazer visibilidade

Acervo pessoal

 

Maxsurya Luiza 

Maxsurya Luiza é de Itabirito e tem 19 anos. “Quero mostrar que todos nós somos iguais e que merecemos sempre nos priorizar, lutar pelo direito de amar e ser amados, e, principalmente, ser o nosso verdadeiro EU”, diz. 

Aos 19 anos, Maxsurya quer mostrar que todos são iguais

Acervo pessoal

 

Luana Moraes

Luana Moraes tem 24 anos e mora em BH. Ela já participou do Miss Brasil Trans em São Paulo e reforça que ser uma mulher trans não é uma escolha. Luana defende que a sociedade respeite as pessoas trans e pede para que elas ganhem mais oportunidades.

Luana já participou do Miss Brasil Trans

Acervo pessoal

 

Nathaly Duarte

Nathaly Duarte tem 27 anos, é do Ceará e mora em BH há 1 ano. Em seu estado natal, participou de outros concursos. “Se eu tiver a honra de ser eleita a Miss Trans BH, irei representar todas as mulheres trans do estado com muita humildade e transparência para poder mostrar que uma trans pode estar em qualquer lugar, não só em uma passarela, em qualquer lugar”, diz.

Nathaly quer mostrar que uma mulher trans pode estar em qualquer lugar

Acervo pessoal

 

Thayla Magalhães

Thayla Magalhães tem 31 anos, é natural do município mineiro de São José do Divino, mas mora em BH há 13 anos. Este será seu primeiro concurso. "Trazer visibilidade para o concurso nos possibilita poder mostrar para a sociedade que somos além de corpos, somos mulheres que apenas querem o espaço perante a sociedade", diz.

 

Este será a primeira vez de Thayla participando do concurso

Acervo pessoal

 

Niicolly Pantoja

Niicolly Pantoja já participou de outros concursos de beleza trans. 

Niicolly também já participou do Miss Brasil Trans

Acervo pessoal

 

Thalya Esther

Thalya Esther, ou sereia da favela, como usa em suas redes, é de BH e tem 31 anos. Esta será sua primeira vez no concurso.

Thalya Esther, ou sereia da favela como usa em suas redes, é uma das candidatas do concurso

Arquivo pessoal

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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