Pouco mais de 75% do público que estava na 24ª Parada do Orgulho LGBT+, realizada no dia 9 de julho de 2023, em Belo Horizonte, já sofreu homofobia em via pública, de acordo com pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ainda conforme o levantamento, quase 50% do público foi vítima de algum tipo de violência LGBTfobica. Outros 19,94% contaram já terem presenciado o problema.
Diante desse cenário, o relatório de violências contra pessoas LGBTQIA+ também revelou que a demanda mais urgente da comunidade que frequenta o evento é por segurança (46,82%), seguida de conscientização e visibilidade (26,01%).
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Além disso, o público também pede por mais saúde, trabalho e educação. A pesquisa revelou ainda que 56,68% disseram ter sofrido LGBTfobia na escola ou entre familiares. Posto de saúde/hospital e universidade também foram locais citados pelos entrevistados.
A pesquisa da Parada LGBT de Belo Horizonte vem sendo realizada anualmente desde 2016 em parceria entre o Núcleo Diverso UFMG com o CELLOS/MG e a Prefeitura de Belo Horizonte. O relatório deste ano mostrou que os caos de LGBTfobia tiveram aumento com relação a períodos anteriores.
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Em 2022, 34% das pessoas entrevistadas tinham sofrido algum tipo de violência. Esse valor representou uma redução em relação ao último ano em que a parada aconteceu, em 2019. Na época, 46,1% revelaram ter sofrido homofobia.
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Ao menos 200 mil pessoas estiveram presentes na 24ª Parada do Orgulho LGBT. Deste público, 407 pessoas responderam ao questionário. A pesquisa tem uma margem de erro padrão de 5%.