24/09/2024 18:17
- atualizado 24/09/2024 18:26
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Jojo Todynho é acusada de se aproveitar da causa LGBTQIA+ para se promover
Mulher trans e candidata a vereadora em São Paulo pelo MDB, Leonora Áquilla gravou um vídeo para contestar o posicionamento recente de Jojo Todynho se declarando de direita. Para a defensora da pauta LGBTQIA+, o fato de a cantora carioca ser uma mulher preta e periférica e ao mesmo tempo do espectro político conservador é algo contraditório, o que também aconteceria com uma pessoa trans.
“Para ser uma pessoa de direita, Jojo, você precisa ter uma coisa chamada herança, e não estou falando de dinheiro, estou falando de uma herança de direita: de onde você veio, quem você é, qual a cor da sua pele, qual sua condição sexual”, afirmou Leonora em vídeo publicado nas redes sociais.
Para a candidata a vereadora, essa ‘falta de herança’ também é a razão pela qual o “corpo trans é naturalmente de esquerda”. Leonora diz que há essa incompatibilidade porque a direita não defende pautas da comunidade LGBTQIA+.
“Em relação à direita, você está completamente fora dos padrões. Você pode até ter dinheiro, frequentar os mesmo lugares, mas os olhares, julgamentos e a condição para ser de direita, o esteriótipo, você nunca terá. E nem eu. Somos de esquerda. Você também é”, diz Léo Áquilla.
Além rebater a declaração da cantora, a ativista fez menção à sua participação no clipe da música “Arrasou Viado”, que Jojo disse que tiraria do ar depois de ser acusada de lucrar em cima da comunidade LGBTQIA+ ao se dizer de direita.
Uma das pessoas que acusou Jojo foi a deputada federal Erika Hilton, que fez um discurso com argumentos contrários aos de Leonora.
"Chamei ela de traidora, porque é o que ela é. Porque assim, tem trans de direita, tem negro de direita, tem indígena de direita, tem tudo de direita. E faz parte do processo democrático, faz parte da democracia. Não é porque ela é uma mulher negra da periferia que ela não pode ser de direita, não é sobre isso. Mas sabe qual é a diferença dela para todas essas pessoas que eu citei agora? É que nenhuma delas usou a agenda e a falta das pessoas LGBTQIA+ dos seus direitos para fazer trampolim para chegar até lá”, afirmou Hilton.
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*Estagiária sob supervisão do subeditor Fábio Corrêa