A terceira redução consecutiva na taxa básica de juros da economia (Selic) foi avaliada positivamente pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). No entanto, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ainda é alvo de ressalvas do grupo empresarial mineiro, que pediu uma queda ainda maior nas próximas reuniões mensais do grupo responsável pela determinação do índice.
Em nota publicada na última quarta-feira (1/11), a redução da Selic de 12,75% para 12,25% ao ano foi classificada como "apropriada" pelo grupo empresarial mineiro. A Fiemg ainda destacou que a medida atende as circunstâncias de estabilidade e os parâmetros apontados pelo boletim Focus, do Banco Central. Ainda assim, a Fiemg considera que a taxa precisa passar por mais reduções.
“Contudo, a FIEMG entende que o atual corte de juros ainda se mostra insuficiente, dado o contexto econômico atual e a estabilidade da inflação. A FIEMG enfatiza a urgência de avanços na redução da taxa básica de juros nas próximas reuniões da autoridade monetária, uma vez que a manutenção dessa taxa em níveis elevados tem exercido um impacto negativo sobre a atividade econômica do país”, diz a federação em nota.
A redução da Selic tem sido uma das principais batalhas do governo federal desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto. A manutenção do índice durante o primeiro semestre em 13,75% foi motivo de constantes troca de farpas entre o petista e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que alçou ao posto durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e não escondeu sua preferência eleitoral pelo antigo mandatário. Nos últimos meses, Neto tem se esforçado em uma aproximação com o atual governo federal.