No aguardado evento anual da Black Friday, que ocorre na última sexta-feira de novembro, dia 24, os brasileiros estão ansiosos para aproveitar ao máximo as oportunidades de compra. Uma pesquisa realizada pela Mfield, com 2,3 mil participantes, revelou que houve um aumento de 32,2% na população que planeja fazer compras durante esse período.
Embora a Black Friday seja conhecida por oferecer descontos especiais em produtos eletrônicos, eletrodomésticos e livros, os supermercados também estão aderindo a essa tendência. Para a educadora financeira Aline Soaper, mesmo diante das ofertas, os brasileiros precisam se planejar para evitar gastos excessivos com o cartão de crédito e fazer pesquisa de preços, seja nos supermercados ou no varejo, para economizar.
“O mês de novembro traz muitas oportunidades de comprar com preços mais baixos, mas o consumidor precisa ter clareza se pode realmente fazer essa compra. O planejamento financeiro é um grande aliado nesse momento, pois é possível pesquisar preços de algo que esteja na lista de interesse da família e economizar, mas é preciso cautela para não exagerar e comprar coisas que não precisam apenas por estar em promoção”, ressalta Aline.
Apesar da empolgação com a Black Friday, a educadora financeira destaca ainda que é preciso ficar atento nas compras nos supermercados, em especial com uso de cartão de crédito, e nos parcelamentos de televisões, computadores e celulares. Isso porque, segundo Aline, a grande preocupação é o endividamento.
“De modo geral, na Black Friday a primeira dica é acompanhar para saber se o desconto realmente vale a pena. Essa data pode ser perigosa para quem já está endividado, quando assume novas parcelas sem ter condições de arcar com os parcelamentos”, afirma.
Segundo Aline, usar o cartão de crédito para parcelar um bem com valor mais alto é uma boa oportunidade para não se descapitalizar, mas, na maioria das vezes, as pessoas acumulam parcelas com outras compras já realizadas. “Se o uso do cartão de crédito, com parcelamento, for em compras de alimentos, essa questão fica ainda mais delicada, porque os alimentos vão acabar e você ainda estará pagando as parcelas”, ensina.
A educadora financeira elenca seis perguntas que você deve fazer antes de assumir uma nova dívida:
1. Eu preciso realmente disso?
2. Eu preciso disso agora?
3. Eu tenho dinheiro para arcar com as parcelas desse financiamento?
4. Existe possibilidade de fazer um planejamento para comprar sem a necessidade de me endividar?
5. Posso renunciar a outro gasto para assumir esse novo financiamento?
6. Qual a diferença essa compra fará na minha vida pelos próximos meses?
“Ao fazer essa reflexão o consumidor poderá decidir se compra ou não de maneira mais consciente e responsável”, recomenda Aline.