As compras em sites e perfis de rede social falsos e a aquisição de produtos falsificados, adquiridos como se fossem originais, estão entre os registros mais recorrentes na Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor, informa a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta terça-feira (14/11) ao divulgar uma série de alertas para quem deseja aproveitar as ofertas do período conhecido como Black Friday, que acontece todo ano, sempre na última sexta-feira de novembro.
A delegada Elyenni Célida orienta que toda compra deve ser precedida de pesquisa e reflexão sobre a sua pertinência, pois transações por impulso tornam o consumidor mais suscetível a golpes. “Na pressa de adquirir um produto ou serviço, o usuário acaba se esquecendo de conferir o valor, que pode aparecer sem o desconto aplicado”, pontua.
Logo, é preciso checar o valor total e das parcelas, os juros, o prazo de entrega, a quantia cobrada pelo frete e se não algum tipo de seguro ou garantia estendida não autorizada pelo comprador.
Outra dica é pesquisar os preços dos produtos com antecedência a fim constatar na sexta-feira se, de fato, os preços praticados estão abaixo daqueles habitualmente praticados. Por outro lado, o consumidor deve observar se valor não está muito abaixo do preço habitual, afinal o anúncio de oferta pode se tratar de uma fraude.
“No Brasil, estima-se que a cada 8 segundos ocorra uma fraude por meio de compras virtuais”, revela a delegada Elyenni, baseada em um levantamento realizado pelo Serasa Experian. É possível pesquisar a reputação de empresas por meio do site consumidor.gov.br. O Procon também dispõe de uma lista de endereços eletrônicos que devem ser evitados: veja aqui.
“Muitos criminosos aproveitam a Black Friday para enviar e-mails ou mensagens para usuários relatando a confirmação de uma compra ou relatando um problema com um produto. Trata-se de uma tentativa de phishing, ou seja, de induzir as vítimas a clicar em links fraudulentos e fornecer seus dados bancários e outras informações”, complementa a delegada.
Em relação às formas de pagamento, o Pix e o cartão de crédito são os meios mais seguros em comparação com o boleto bancário.
- Pix: conferir dados do recebedor e redobrar os cuidados quando o beneficiário é pessoa física.
- Boleto: conferir todos os dados, como nome da empresa, data, CNPJ, entre outros.
- Cartão de crédito: optar pelo cartão virtual único (oferecido pela maioria das instituições financeiras).
- Nunca entregar ou enviar fotos do cartão e não salvar dados de cartão para compras futuras.
- Cartão por aproximação: qualquer pessoa que tiver acesso realiza compras facilmente. Por isso, atenção redobrada.
Caí no golpe, e agora?
O consumidor que desconfiar ter caído em algum golpe deve denunciar o crime, seja em uma delegacia da Polícia Civil ou por meio da Delegacia Virtual, em caso de estelionato. O sistema gera uma mensagem ao usuário, por e-mail, informando o número do Registro de Evento de Defesa Social (Reds), bem como a forma de acessá-lo no site do Sistema Integrado de Defesa Social (Sids) para imprimi-lo
Para isso, é fundamental que o denunciante reúna todos os registros de interação com os golpistas para auxiliar nas investigações. “Salve todas as informações relativas à compra, desde o anúncio do desconto até a nota fiscal. É importante procurar a delegacia mais próxima da residência para representar, ou seja, informar às autoridades que deseja dar início às investigações”, orienta Elyenni.