Taxa de desemprego cai em apenas três estados  -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Taxa de desemprego cai em apenas três estados

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

A redução da taxa de desemprego do Brasil foi acompanhada por recuos estatisticamente significativos em apenas três estados no terceiro trimestre deste ano, na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

É o que apontam dados divulgados nesta quarta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o órgão, as taxas de desocupação diminuíram em São Paulo (7,8% para 7,1%), Maranhão (8,8% para 6,7%) e Acre (9,3% para 6,2%).

 


Apenas em Roraima houve crescimento (de 5,1% para 7,6%). Nas outras 23 unidades da federação, as taxas ficaram estáveis, disse o IBGE.

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, o resultado em São Paulo foi fundamental para o resultado nacional do terceiro trimestre.

Na média do Brasil, o desemprego baixou a 7,7% no terceiro trimestre, menor nível para esse período desde 2014, conforme números divulgados pelo IBGE em 31 de outubro. A desocupação estava em 8% no segundo trimestre.

Com o novo resultado, a população desempregada no país recuou 8,3 milhões no terceiro trimestre. Os dados integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), que investiga desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

Nas estatísticas oficiais, a população desempregada é formada por pessoas de 14 anos ou mais que estão sem ocupação e que seguem à procura de vagas. Quem não está buscando oportunidades, mesmo sem ter emprego, não entra nesse número.

No Brasil, a população ocupada com algum tipo de trabalho alcançou 99,8 milhões no terceiro trimestre. É o recorde da série histórica da Pnad, com dados a partir de 2012.

Segundo economistas, os dados nacionais sinalizaram um mercado de trabalho aquecido, ainda sob impacto do desempenho da atividade econômica acima do esperado no primeiro semestre.

A desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) esperada para a segunda metade do ano não teria provocado grandes impactos até o momento, mas é vista como um sinal de alerta por analistas.