A empresa têxtil Shein, de origem chinesa, solicitou de forma confidencial a abertura de capital nos Estados Unidos, informou o The Wall Street Journal na segunda-feira (27).
A oferta pública poderá ocorrer no próximo ano, afirma o jornal, que citou fontes próximas ao tema e mencionou que os veículos de comunicação chineses também noticiaram o pedido.
Os bancos Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Morgan Stanley serão os responsáveis pela avaliação do pedido, segundo o WSJ. Tanto o Goldman Sachs quanto o JPMorgan Chase se recusaram a comentar quando questionados pela AFP, e o Morgan Stanley não respondeu até o momento.
No início deste ano, a Shein estava avaliada em 66 bilhões de dólares (323 bilhões de reais na cotação atual) e a sua presença pública nos Estados Unidos pode causar agitação em Wall Street, destacou o jornal.
A empresa, conhecida pelas suas enormes vendas de vestuário a preços muito baixos, registou 23 bilhões de dólares (112,5 bilhões de reais) em receitas e 800 milhões de dólares (3,9 bilhões de reais) em lucro líquido em 2022, noticiou o jornal.
A Shein, acrescentou o WSJ, informou aos seus investidores que em 2023 atingiu números recordes nos primeiros três trimestres.
Fundada em 2008 na China e com sede em Singapura, a Shein conquistou o mercado global do 'fast fashion' ao vender a sua produção exclusivamente em lojas online, chamando a atenção de um público jovem nas redes sociais.
A Shein foi acusada de exploração trabalhista, processos de produção opacos e promoção do consumo excessivo, e enfrenta críticas de ativistas ambientais e dos direitos humanos.