Os shoppings e demais lojas de Belo Horizonte, mesmo depois do Natal, registram movimento de clientes. De acordo com o vice-presidente da Associação dos Lojistas de Shopping de BH e Região Metropolitana, Marcelo Silveira, trata-se da “semana de trocas”, quando os clientes aproveitam para trocar os presentes e acabam comprando um pouco mais.
Silveira, que também é lojista, diz que os consumidores também estão em busca de roupas para a virada do ano. "Tem gente que escolhe passar [o Réveillon] de azul, amarelo, branco, verde, então nessa semana se vende muitas peças dessas cores", diz ele. Ele conta, ainda, que “os comerciantes estão trabalhando com estoques”, porque as vendas no Natal superaram as expectativas dos lojistas.
Arthur Augusto, gerente da loja de roupas YouCom, no shopping Boulevard, afirma que o fluxo foi bem maior que o esperado inicialmente. "Nosso estoque está zerado. Estou trabalhando com o que eu tenho”, conta. Além da movimentação gerada pelas trocas de presentes, o comerciante diz que os clientes também estão buscando roupas para viajar em janeiro, principalmente para a praia.
Algumas lojas já estão em promoção, mas os maiores descontos devem vir em janeiro, quando chegam as novas coleções de roupas e as peças das coleções anteriores são vendidas com menor preço. “Os comerciantes estão trabalhando com estoque, a troca de coleção acontece só em janeiro”, conta Marcelo.
Uma pesquisa do Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio-MG revelou que as expectativas de 46% dos empresários do comércio varejista entrevistados sobre o Natal deste no foram atendidas ou superadas. Para eles, a alta nas vendas pode ser atribuída à melhora na economia, às ações realizadas pelas lojas e promoções aplicadas no período.
Além disso, 26% dos entrevistados disseram que as vendas em 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado, foram melhores. Desses, aproximadamente 23% tiveram aumento de mais de 25% no volume de vendas em relação a 2022. Entre os empresários consultados, 34% afirmaram que as vendas deste ano foram piores que as de 2022.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa