O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou em dezembro alta de 0,8% na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). No acumulado do ano, o IPCA na RMBH, que engloba 14 municípios, foi de 5,05%, maior que o registrado no Brasil (4,62%) e acima do teto nacional de 4,75% estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O IPCA mede a inflação mensal e anual no Brasil e em 16 regiões metropolitanas de capitais.
A inflação acumulada na RMBH também foi a quarta maior do Brasil, perdendo apenas as regiões metropolitanas de Rio Branco (AC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). Na RMBH, todos os nove grupos apresentaram variações positivas em dezembro, sendo que alimentação e bebida puxaram a alta (1,89%) do mês. Em seguida, vieram vestuário (1,45%), artigos de residência (1,09%), transportes (0,70%), saúde e cuidados pessoais (0,47%), despesas Pessoais (0,35%), educação (0,25%), comunicação (0,13%) e habitação (0,03%).
A alta na RMBH do segmento alimentação e bebida foi resultado, principalmente, dos aumentos da batata-inglesa (29,15%), do feijão-carioca (17,69%), da banana-prata (15,81%), da óleo de soja (7,34%), do
tomate (6,65%), do arroz (4,89%) e da carne de porco (4,4%). Em transportes (0,7%), as passagens aéreas subiram 16,7%, provocando o maior impacto individual positivo.
“O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas”, explica o gerente do IPCA, André Almeida.