O Ministério dos Portos e Aeroportos divulgou uma nota na noite desta quinta-feira (25/1), na qual afirma que está acompanhando o pedido de recuperação judicial da Gol e que trabalha junto à empresa e à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para garantir os serviços prestados para os passageiros.
Assim como já vinha sendo dito pelo ministro Silvio Costa Filho, a nota da pasta voltou a criticar a gestão Jair Bolsonaro (PL) por não ter promovido ajuda para as companhias aéreas, afetadas durante a pandemia.
"A pandemia do Covid-19 impactou fortemente o setor aéreo em todo o mundo, o que exigiu a adoção de medidas de apoio de governos de diversos países para atenuar o prejuízo causado às empresas aéreas. Infelizmente, no Brasil, estas medidas não foram adotadas na gestão anterior, mesmo com a existência de recursos no Fundo Nacional de Aviação Civil", afirma o texto.
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O ministério ainda acrescenta que espera que a Gol saia fortalecida desse processo de recuperação judicial.
"Assim como aconteceu com outras grandes empresas aéreas no mundo que entraram no Chapter 11 (Latam, Delta, United, Aeroméxico etc), o ministério espera que o plano de reestruturação da Gol fortaleça a empresa, aumentando cada vez mais sua capacidade de investimentos para melhor atender a população", diz a nota.
A pasta também destacou que vem trabalhando com as companhias aéreas para fortalecer o setor. "Como a criação de um novo Fundo Nacional de Aviação (crédito), a redução do preço do QAV [querosene de aviação] e da judicialização, entre outros pontos."
A Gol anunciou nesta quinta-feira (25) que a companhia e as suas subsidiárias estão entrando com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. Agências de risco estimam que a dívida da empresa é de R$ 20 bilhões.
De acordo com a Gol, a medida é tomada para fortalecer sua posição financeira. A companhia afirmou ainda que todos os voos estão operando conforme programado e todas as passagens aéreas e reservas permanecem em vigor.