Economia

Justiça de MG retoma processo de recuperação judicial da 123milhas

Até hoje, não foi apresentado um plano de recuperação judicial da empresa, documento que inclui por exemplo informações de quando e quanto os credores receberão da empresa

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 A Justiça de Minas Gerais retomou, na quarta-feira (28), o processo de recuperação judicial da 123milhas, configurando mais uma etapa de desavenças entre os dois magistrados envolvidos no caso.

Esse é o segundo vai e vem no processo. A ação já havia sido suspensa de setembro a dezembro do ano passado. Até hoje, não foi apresentado um plano de recuperação judicial da empresa, documento que inclui por exemplo informações de quando e quanto os credores receberão da empresa.

A última paralisação se deu no final de janeiro, quando a juíza Claudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, determinou que o processo só deveria entrar em andamento quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidisse quem seriam os administradores judiciais do caso.

A escolha é motivo de atrito entre a juíza e o desembargador Alexandre Victor de Carvalho. Isso porque no final de dezembro Carvalho acatou um pedido do Banco do Brasil - maior credor da empresa de turismo - e substituiu dois dos três escritórios nomeados por Batista para atuarem como administradores no caso.

O BB havia apontado falta de estrutura, experiência e expertise dos escritórios nomeados pela magistrada - Inocêncio de Paula Advogados, Brizola e Japur Administração Judicial e Paoli Balbino & Barros Advogados. Esse último permaneceu com a função, conforme decisão do próprio desembargador.

Os escritórios substituídos e o Ministério Público de Minas Gerais, porém, recorreram da decisão, argumentando que cabe à magistrada de primeira instância a nomeação dos administradores judiciais e que tal decisão não poderia ser feita de forma monocrática por um desembargador.

Mas esses recursos ainda não foram julgados e, em 25 de janeiro, Batista determinou que o processo só deveria voltar a transitar após a decisão do TJMG.

Leia também: Sócios da 123 Milhas são alvos de operação do MPMG 

O Idec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor), porém, recorreu da decisão de Batista, dizendo que a suspensão atrapalha os milhares de consumidores incluídos na lista de credores da empresa, e na última quarta-feira (28) Carvalho aceitou os argumentos da entidade.

Na decisão, Carvalho diz que "a paralisação indevida e equivocada da recuperação judicial tem o potencial de frustrar a satisfação do crédito de milhares de credores, em especial os consumidores". Ele ainda acrescentou que a suspensão determinada por Batista mais se assemelha a uma tentativa da juíza de "descumprir infundadamente" sua decisão do que entregar a devida prestação jurisdicional.

Ele voltou a nomear a KPMG e os escritório Juliana Morais Sociedade de Advogados e Paolii Balbino & Barros Advogados como administradores do caso.

Com a volta do processo, A reportagem questionou a 123milhas sobre quando a empresa entregará seu plano de recuperação judicial, mas a companhia respondeu que comentará o assunto só após receber a intimação judicial. Por lei, o documento precisa ser entregue 60 dias após a Justiça aceitar o pedido da empresa, mas com as suspensões, nem mesmo advogados envolvidos no processo sabem quando o prazo se encerrará.

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