O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (08/03), Dia Internacional da Mulher, uma série de dados sobre a diferença que ser mulher ou homem no Brasil faz em temas como acesso à educação e ao mercado de trabalho.
Os dados revelam que faz diferença também ser, por exemplo, mulher branca ou preta, ou mulher vivendo no Sul ou Norte do país.
"A interseccionalidade é um método de análise que permite combinar diversas características dos indivíduos ou dos grupos sociais: sexo, gênero, cor ou raça, que região reside, se é urbano ou rural", aponta Barbara Cobo, coordenadora-geral do estudo do IBGE.
"Você pode ter mulheres mais sujeitas a sofrer mais com as desigualdades, que é o caso das mulheres pretas ou pardas", acrescenta a pesquisadora, doutora em economia e professora da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) do IBGE.
Nem todos os dados divulgados nesta sexta foram produzidos originalmente pelo IBGE. Alguns são, por exemplo, dos Ministério da Saúde ou da Educação — mas todos são oficiais.
As informações divulgadas confirmam algumas tendências já conhecidas, como a diminuição do número de filhos por mulher, e traz também alguns dados surpreendentes — e positivos —, como a grande diminuição do casamento precoce de meninas.
"O estudo permite que se olhe para a desigualdade de gênero como ela deve ser vista: impactando todas as dimensões da vida das mulheres, seja na educação, na saúde, no trabalho, na violência ou nos direitos humanos", diz Cobo.
Confira alguns dados divulgados pelo IBGE e selecionados pela BBC News Brasil.