Para o Secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, embaixador Eduardo Paes Saboia, as discussões ainda estão pouco avançadas, apesar de amplo suporte de empresários brasileiros e japoneses -  (crédito: Ricardo Stukert/Divulgação)

Para o Secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, embaixador Eduardo Paes Saboia, as discussões ainda estão pouco avançadas, apesar de amplo suporte de empresários brasileiros e japoneses

crédito: Ricardo Stukert/Divulgação

A visita do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, ao Brasil nesta sexta-feira (3/5) tratará, entre outros temas, de um possível acordo comercial entre o Japão e o Mercosul. Kishida terá uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto, pela manhã.

 

Para o Itamaraty, porém, as negociações ainda estão muito “incipientes”, apesar de lideranças empresariais brasileiras e japonesas serem favoráveis ao acordo.

 

“Existe um diálogo com o Japão. Embora tenha algum avanço, continua em uma etapa muito incipiente, o que é um pouco frustrante. Por outro lado, existe, tanto do lado do Brasil como do lado do Japão, uma massa crítica de empresários que defende o início das negociações”, declarou o Secretário de Ásia e Pacífico do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Eduardo Paes Saboia, durante coletiva de imprensa nesta quinta (2/5). “Agora, essas coisas dependem de uma decisão política”, acrescentou.

 

 

Também participaram da coletiva o diretor do Departamento de Japão, península coreana e Pacífico do Itamaraty, ministro Paulo Elias Martins de Moraes, e o subchefe da divisão de negociação climática, secretário Davi de Oliveira Paiva Bonavides.

 

Saboia destacou que o chamado Grupo de Notáveis Brasil-Japão, criado em 2006 com empresários dos dois países, já emitiu relatórios defendendo a criação do acordo com o Mercosul. O grupo reúne representantes de empresas como a Vale e a Toyota.

 

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Em café da manhã com jornalistas japoneses na terça-feira (30/4), Lula voltou a defender o acordo e disse que tratará do tema com Kishida. “Eu não sei se está na minha pauta. Mas, se não estiver, agora vai entrar na pauta”, comentou o presidente. Ele ressaltou, porém, que o assunto ainda precisa ser discutido com os demais países do bloco sul-americano.

 

Veja o cronograma previsto para a visita do premiê japonês ao Planalto:

 

9h30 - Recepção no topo da rampa pelo presidente Lula
10h - Reunião ampliada, com ministros de ambos os países
11h30 - Cerimônia para assinatura de atos
11h40 - Declaração conjunta à imprensa
12h30 - Almoço no Palácio do Itamaraty