Haddad admitiu rever a meta de superavit primário prevista para 2025 -  (crédito:  Diogo Zacarias/afp)

Haddad admitiu rever a meta de superavit primário prevista para 2025

crédito: Diogo Zacarias/afp

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou publicamente pela primeira vez, nesta sexta-feira (17/5), a demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, anunciada pelo governo federal na noite da última terça (14). Ele definiu a troca no comando da petroleira como “natural” e uma decisão pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

 

“O presidente da Petrobras é quase um ministro. É uma pessoa que tem de ter uma relação muito próxima com o presidente da República. É natural que possa haver uma troca, a depender do julgamento do chefe do Executivo”, disse a jornalistas.

 

O chefe da equipe econômica negou que tenha havido interferência na troca do comando da estatal. “Como foi em todas as ocasiões em que Lula presidiu o Brasil, foi uma escolha muito pessoal dele, sem interferência de ministros. Ao contrário do que vem sendo veiculado, não houve interferência de ministros. Não aconteceu isso, foi uma escolha pessoal dele”, afirmou.

 

 

A saída de Prates aconteceu após atritos públicos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa. Um dos embates envolveu os dividendos extraordinários da companhia. “Nós, ministros, procuramos auxiliar quando chamados. Eu mesmo fui chamado para dirimir a questão dos dividendos, que foi bem resolvida, na minha opinião”, acrescentou Haddad.

 

A engenheira e servidora de carreira Magda Chambriard deve ser a nova presidente da Petrobras. A indicação foi oficializada pelo governo e seguiu para os procedimentos internos de governança corporativa, como a passagem pelo Comitê de Pessoas e o Conselho de Administração.

 

 

Chambriard começou a trabalhar na Petrobras em 1980, atuando na área de produção por mais de 20 anos. Em 2002, assumiu a assessoria da diretoria de Exploração e Produção da Agência Nacional de Petróleo (ANP), e desde 2021 atua na Assessoria Fiscal Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).