A empresa Cedro Participações, mais especificamente os braços de mineração e agronegócio, aderiram a iniciativa da Aliança Ambiental Estratégica de Minas Gerais, criada pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Semad) e pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O anúncio foi feito durante evento da Semana do Meio Ambiente na Fiemg.
“Ambicionamos executar as nossas práticas sustentáveis muito além das obrigações legais, pensando no desenvolvimento local nos municípios onde atuamos”, disse Giovana Barbosa, diretora de Sustentabilidade do grupo Cedro. As duas empresas são as primeiras em suas áreas a aderir à prática.
A Aliança Ambiental Estratégica de Minas Gerais tem como objetivo auxiliar empresas que queiram se desenvolver de forma sustentável. O norteador da prática é a agenda ESG (Environmental, Social and Governance ou, em português, Ambiente, Social e Governança), que trata de práticas que empresas e entidades estão tomando para maior responsabilidade social, ambiental e sustentável em suas atividades.
Entre os projetos socioambientais sugeridos pela Aliança estão reciclagem de resíduos sólidos urbanos, revitalização e manutenção de mananciais, combate à supressão irregular de vegetação, proteção de cursos e nascentes de água e reaproveitamento de resíduos minerais, entre outros.
A Cedro Participações vai desenvolver os projetos e apresentá-los para a Semad, que vai validá-los. Após a implantação, as iniciativas serão monitoradas para que estejam de acordo com os critérios definidos na fase de planejamento.
Os projetos socioambientais que fizerem parte da Aliança Ambiental Estratégica receberão um selo de sustentabilidade que terá validade de dois anos, podendo ser renovado se as avaliações dos grupos que compõem o conselho forem positivas. “O Selo da Sustentabilidade será o nosso diferencial competitivo, garantindo a nossa responsabilidade nas temáticas Ambiental, Social e de Governança", afirmou Giovana Barbosa.
A iniciativa ambiental recomenda que os projetos tenham contrapartidas sociais e culturais que visem promover a cidadania de grupos que incluam mulheres; pessoas negras; indígenas; comunidades tradicionais, como quilombolas; população LGBTQIA+, pessoas com deficiência e outras minorias.
“Estamos conversando com os secretários de Meio Ambiente de municípios nos quais atuamos, como Nova Lima, Francisco Dumont e Mariana, para ver qual é o anseio de cada um deles”, explicou a diretora de Sustentabilidade do grupo Cedro.
Agenda ESG
O termo foi usado pela primeira vez em 2004, durante um projeto liderado pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de definir diretrizes para empresas que pudessem aprimorar ações ambientais e sociais.
Entre as práticas de governança estão iniciativas anticorrupção, realização de auditorias continuamente e criação de conselho de administração independente, entre outras. Já nos temas ambientais e sociais, uso de energias renováveis, eliminação da emissão de gases poluentes, gerenciamento de resíduos, práticas que visem o bem-estar dos funcionários e condições de trabalho adequadas são ações que as empresas podem adotar, realizando a medição dos resultados para acompanhar a evolução e o desempenho das iniciativas.