Pequenos e grandes mercados receberão arroz importado pelo governo -  (crédito: EBC)

Anúncio foi feito pelo presidente da Conab, Edegar Pretto

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O leilão feito pelo governo federal para compra de arroz importado foi anulado nesta terça-feira (11/6). O anúncio foi feito pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, que ainda informou que um novo procedimento será realizado após ajustes no modelo do certame.

 

"Pretendemos fazer um novo leilão, quem sabe em outros modelos, para que a gente possa ter garantia que vamos contratar uma empresa com capacidade técnica e financeira. A decisão é anular este leilão e proceder um novo mais ajustado", disse.

 

A medida foi tomada após uma reportagem do Globo Rural revelar que empresas sem histórico de atuação no mercado arremataram os lotes, além de que parte deles foram organizados por uma corretora do Mato Grosso de propriedade do ex-assessor parlamentar do secretário de Política Agrícola, Neri Geller.

 

No leilão realizado na última quinta-feira (6/6), ocorreu devido às enchentes no Rio Grande do Sul, principal estado produtor no Brasil. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a ideia do governo era evitar a especulação de preços e o desabastecimento que poderia ser causado com a dificuldade de transportar o grão.

 

Também nesta terça, Fávaro anunciou a demissão do secretário Geller. “Pela manhã, o secretário Neri Geller me comunicou, fez ponderação, quando filho dele estabeleceu sociedade com esta corretora do Mato Grosso, ele não era secretário de política agrícola. Não há fato que desabone ou que gere qualquer tipo de suspeita, mas que de fato gerou, e por isso colocou cargo à disposição", afirmou o ministro.

 

O preço médio de cada saco de arroz de cinco quilos foi de R$ 25. A Conab arrematou 263 mil toneladas do grão. Inicialmente, os lotes seriam destinados para o Ceará, Bahia e Maranhão.