Em baixa firme no mercado doméstico, o dólar encerrou nesta quinta-feira (13/6) em R$ 5,3686. A queda ocorre após quatro pregões consecutivos de valorização. Já em leve baixa pela manhã, o dólar acentuou as perdas no início da tarde com sinais de união entre Haddad e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, em torno de uma agenda de revisão de gastos públicos. O ministro da Fazenda também recebeu um afago do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. De Genebra, na Suíça, o presidente disse que Haddad é "extraordinário ministro" e que não entende "a pressão" contra ele.
Com mínima a R$ 5,3633 à tarde, o dólar à vista terminou o dia em baixa de 0,70%, cotado a R$ 5,3686. A moeda sobe 0,82% na semana e 2,24% nos nove primeiros pregões de junho. No ano, o dólar ainda acumula valorização de dois dígitos (10,62%) em relação ao real.
Haddad disse nesta quinta-feira que as equipes ministeriais estão intensificando os trabalhos da agenda de revisão de gastos para apresentar uma peça orçamentária para 2025 bem montada e que passe "tranquilidade" em relação ao quadro fiscal. Na mesma linha, Tebet afirmou que o ajuste via receitas começa a se exaurir, ao passo que há uma ampla margem para rever despesas. O cardápio de alternativas, segundo ela, ainda não foi levado ao presidente Lula.
A moeda brasileira se beneficiou nesta quinta também da queda das taxas dos Treasuries, na esteira da deflação ao produtor nos EUA, e da recuperação do peso mexicano, principal par do real. Operadores ressaltam que a onda de desmonte de apostas na valorização da moeda do México nos últimos dias, em meio a temores de mudanças constitucionais no país após as eleições presidenciais, contaminou outras divisas latino-americanas.