Brechós que, antes online, hoje formam a CO.BRE -  (crédito: Ramon Lisboa/EM)

Como contraponto a produção em larga escala e o descarte desenfreado de roupas, garimpo em brechós é prática comum de belo-horizontinos

crédito: Ramon Lisboa/EM

Comprar roupa usada é uma prática comum entre o público belo-horizontino. Além de ser um contraponto à produção em larga escala e o consumismo desenfreado de roupas descartáveis.

 

Segundo o Sebrae, o estado concentra mais de 3 mil brechós e, de 2019 a 2022, foram abertos quase 2 mil pequenos negócios do comércio varejista de usados. Já em BH, cerca de 400 empresas iniciaram suas atividades nesse período. “Brechó é uma forma de consumo antiga, que está se consolidando. Talvez pela consciência ambiental, consumo sustentável ou até mesmo uma onda de comportamento", diz Giovanna Penido, articuladora da Frente da Moda Mineira. 

 

 

“As pessoas acham que para estar na moda é preciso seguir uma “tribo” ou tendência. Isso também é uma ideia introjetada por essa cultura de fast fashion”, completa a especialista. Os brechós permitem que a origem das produções seja questionada e a lógica de consumo recalculada, em meio a novas formas de expressão e criatividade. 

 

 


Listamos abaixo 10 brechós em Belo Horizonte que merecem sua visita. Confira:



  • CO.BRE 


Foi pela vontade imensa de um espaço físico que Cláudia Soares, Janaína Tábula e Juliana Santo, depois de muitos encontros em feiras, uniram seus brechós que, antes online, hoje formam um coletivo. O Escândalo Brechó, Abigail Brechó e o Chuchu Beleza se grudaram e, desde então, formam a CO.BRE, inaugurada no início de 2022. O estilo vintage, porém moderno e alternativo, toma conta da loja e a curadoria das sócias é original em cada escolha. Com preços variados de roupas, conta, por exemplo, com vestidos por R$ 70, calças jeans de R$ 29 a R$ 189 e croppeds de R$ 19 a R$ 98. 


“Nosso público são pessoas que procuram peças de qualidade e únicas, por um preço mais acessível. Que entendem o visual como uma forma de expressão. Gostamos de falar que nossas peças não têm gênero, nem idade, então basta querer se vestir de si para encontrar nas nossas araras algo que combine com você”, Claudia diz.


 

Endereço: Edifício Maletta, sobreloja 03 (varanda) 

Contato: (31) 99782-0037

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  • Quase tudo Bazzar 


Dairlane Torres, dona do Quase tudo Bazzar, é frequentadora assídua de brechós. Reformou um lugar com a ajuda da família em 2016 e uniu seu amor por moda com a possibilidade de investimento. Seu brechó tem um estilo feminino adulto, com foco no dia a dia. De blusas, calças e shorts até acessórios que variam de R$ 10 a R$ 80, com tamanhos do M ao G2. Ela ainda conta com alguns artigos específicos, como vestidos customizados, que giram em torno de R$ 150. “Quem vai em brechó nunca mais volta ao shopping”, ela afirma. 


 

Endereço: Rua Professor Raimundo Nonato 390 - Santa Tereza

Contato: (31) 9666-9423

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  • Cora Brechó


Com valores variados de R$ 40 a R$ 200, navegando pelo estilo vintage e contemporâneo, o Cora Brechó estampa um grande acervo de roupas no Edifício Maletta. Soraya Mendonça, responsável pela loja, diz ter um “brechó raiz” e ressalta que valoriza a customização e criatividade quando precisa garimpar as roupas. O brechó tem shorts de R$ 40, camisa de linho por R$ 70 e tamanhos que vão do PP ao Plus Size. 


O brechó no Maletta também tem o encontro “do saldão” em alguns meses, quando o preço máximo é de R$ 60. “Pelo que vejo nas pesquisas, o second hand pode passar o consumo de peças novas, tomara! Vamos produzir menos e adquirir roupas de qualidade”, ela diz.




Endereço: Edifício Maletta sobreloja 63 

Contato: (31) 98552 - 5191

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  • Brechó Amiga, me empresta?  


Em agosto de 2023, Camila Prado reuniu forças com ajuda da mãe, Kelma Prado, e embarcaram no mundo da moda circular. Surgiu então o brechó “Amiga, me empresta?”, onde existe uma curadoria de moda feminina em excelente estado, com peças a partir de R$ 19,90 e uma gama de roupas, do PP ao Plus Size, além de calçados e acessórios. A média de preços é de R$ 59,90. Camila exalta a cultura do brechó e diz “transformar a moda em sustentabilidade”. 



Endereço: Rua Timbiras, 3642, loja 1 - Barro Preto 

Contato: (31) 9064-3354 

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  • Brechó Santíssima 


Com um vestuário masculino e feminino adulto, o Brechó Santíssima apresenta uma pluralidade de roupas. Com calças de R$ 10 a R$ 89 e blusas de R$ 10 a R$ 139, além de casacos, como um trench coat por R$ 249. 


O brechó começou já em 1997, reflexo do interesse despertado 6 anos antes, quando Ana, sua fundadora, ainda trabalhava com fotografia e ficou fascinada pelo consumo circular. A mãe, bordadeira e costureira, influenciou Ana que, ainda criança, brincava de vestir e customizar as roupas de suas bonecas. O brechó Santíssima foi montado ao longo de 7 anos e logo quando foi inaugurado já contava com um acervo estruturado de moda vintage. 




Endereço: atendimento com hora agendada

Contato: (31) 9921-0317

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  • Dorotea Brechó 


O Dorotea Brechó nasce a partir de uma professora, de acordo com Amanda, responsável pela loja, alguém à frente de seu tempo. Ainda na sala da avó de Janaína, co-fundadora do Dorotea, foi inaugurado o brechó. O nome já estava decidido, seria em homenagem à mulher que elas tanto admiravam e que lecionava história. 


O embrião, ainda em 2005, abriu espaço para que, em 2012, Amanda Mendes começasse seu acervo em uma galeria na Savassi. Com blusas a partir de R$ 39 e casacos de R$ 159, o brechó Dorotea expõe um mix de moda, feminina e masculina, e uma mistura de peças novas e atuais. A loja também dispõe de acessórios e objetos de design. “É preciso entender que o brechó é uma cultura, não é qualquer peça, existe uma questão afetiva com o passado, o vintage e as memórias. A gente garimpa muito, faz uma seleção de peças a dedo”, Amanda explica. 




Endereço: Rua dos Aimorés, 444 - 2° Piso - Funcionários

Contato: (31) 99788-0603

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  • Brechó Paraíso 


O brechó Paraíso nasceu em outubro de 2014, por Stella Brandão. A dona da loja trabalhou no comércio de moda durante muito tempo, mas afirma que abrir o brechó foi um grande sonho realizado. O estilo é variado e, com o público feminino adulto,  Stella diz ter “de tudo um pouco”, entre camisas de R$ 60, vestidos de R$ 80 e jeans por R$ 50, há também algumas peças de decoração e pequenos móveis. 


“Brechó é sinônimo de reciclar, tornar peças antigas de uns em peças novas para outros. Fico feliz em achar que contribuo de alguma forma para promover a sustentabilidade e também para a redução de lixo de roupas com o meu negócio”, ela ressalta.




Endereço: Sion - Rua assunção 115, sala 101

Contato: 31 8453-6646

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  • Cherry Bomb 


As peças estribadas, exóticas, vintage e retrô são a marca do Cherry Bomb. Enquanto trabalhava com algumas experiências em lojas de shopping, Karin Nolasco, dona do brechó, percebeu a oportunidade de ser uma pequena empreendedora. Suas peças contemporâneas variam até R$ 100, as vintages e mais “diferentonas” estão entre R$ 55 a R$ 160, já os conjuntos, ternos e vestidos mais elaborados ficam entre R$ 100 e R$ 390.


“Amamos a ideia de reutilizar o que já existe e dar uma nova vida para uma peça que já é considerada "velha", além de reduzir o impacto no meio ambiente. Somos a favor de repensar o consumo desenfreado do mercado têxtil, com mulheres se apoiando e produzindo novas peças a partir das que já existiram”, Marina comenta.




Endereço: Edifício Maletta, sobreloja 28

Contato: 31 971095887 

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  • Brechó GataSeca 


Marina Zica começou, ainda em 2012, apenas com um bar junto de uma arara de brechó no Edifício Maletta, até o ano de 2016. Após um intervalo, em 2020 ela abriu um novo espaço no Mercado Novo, o Brechó GataSeca, com peças da década de 1970, 1990 e 2000. Com um público mais alternativo, Marina diz ser “super ligada à consciência ambiental, uma militante da causa”. Ela afirma que o consumo sustentável faz com que a moda tenha mais sentido. Com preços muito diversos, como short jeans de R$ 69 ou uma calça alfaiataria por R$ 99, a loja tem uma média de R$ 85, com muita coisa diferente, acessível e interessante.




Endereço: Rua Rio Grande do Sul, 499 - loja 2050, corredor D, segundo piso - Mercado Novo - Centro, Belo Horizonte 

Contato: (31) 994353609

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  • Brechó Bogaró


O Brechó Bogaró se tornou físico em 2022, por uma necessidade de Marina Martins empreender e liberar espaço no guarda-roupa. Além da vontade de trabalhar com moda, sua formação, ela conta que garimpa desde a adolescência e estava acumulando muitas roupas do estilo vintage no armário. A loja foca no público criativo, que valoriza a história, memória e customização das peças. A média de valores é entre R$ 10, contando com acessórios, e R$ 200.

Marina segue a linha da consciência ambiental, “Penso que esse tipo de consumo é fundamental, levando em conta que a quantidade de roupas que já existe é enorme e capaz de suprir toda uma geração”, ela diz.




Endereço: Rua Salinas, 1008 - Floresta BH (espaço selva)

Contato: (31) 98574-4421

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